EPIDEMIOLOGIA DA TOXOPLASMOSE GESTACIONAL, DE 2019 A 2023, NO ESTADO DO PARÁ, BRASIL

  • Autor
  • Arilson Santos de Andrade Filho
  • Co-autores
  • Beatriz de Lima Moura , Dr. Cristovam Guerreiro Diniz , Elivan da Silva Alencar , Gessika Rafaella Sousa Siqueira , Jacqueline de Carvalho Nogueira , Jorge Elias Salum Neto , Layssa Daiane da Costa Oliveira
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: A toxoplasmose gestacional é uma infecção causada pelo protozoário Toxoplasma gondii e representa um risco à saúde materno-fetal. Essa infecção durante a gestação pode levar a complicações graves, como aborto, morte fetal, e anomalias congênitas, destacando-se a hidrocefalia, calcificações intracranianas e coriorretinite. A epidemiologia desempenha um papel vital na compreensão e controle da toxoplasmose gestacional, pois permite identificar padrões de ocorrência e fatores de risco, informando estratégias de prevenção e intervenção. Assim, a compreensão e a gestão da toxoplasmose gestacional são cruciais para proteger a saúde da mãe e do feto, abordando epidemiologia, prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado. OBJETIVO: Analisar o perfil epidemiológico dos casos de toxoplasmose gestacional no Estado do Pará. CASUÍSTICA E MÉTODO: Trata-se de um estudo epidemiológico, retrospectivo, descritivo e quantitativo sobre a toxoplasmose gestacional no Estado do Pará, por meio de dados secundários fornecidos pelo Sistema  de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), disponibilizado na internet pelo DATASUS/TabNet. Os dados coletados utilizaram as seguintes variáveis: ano de notificação, período de 2019 a 2023, faixa etária, escolaridade, classificação e gestante. RESULTADOS: Os casos notificados totalizam 1.816, sendo o ano de 2021 e 2023 os que apresentaram maior número de notificações, ambos com 427. O número de confirmados foi de 1.222, 68% do total. A faixa etária de 20 a 29 anos foi a mais acometida. Ademais, gestantes com o ensino médio completo apresentaram maior número de casos. Por fim, os dados do período gestacional, apresentam proporções aproximadas de 1:2:1, sendo o 2º trimestre o de maior ocorrência de casos. DISCUSSÃO: Observa-se que há um número significativo de casos confirmados em relação à totalidade de casos notificados. Além disso, a faixa etária mais acometida está relacionada com a idade reprodutiva feminina, logo os número mais expressivos estão entre os 20 e 39 anos. Contudo, a escolaridade não mostrou parâmetro conclusivo. Outrossim, a variável de maior relevância clínica, período gestacional, apresentou dados de alerta, visto que os períodos de maior risco de transmissão vertical são o 2º e 3º trimestre gestacional, sendo que nesses trimestres ocorreram as maiores notificações (885 e 486, respectivamente). Desse modo,  nota-se a importância das práticas de educação em saúde quanto a forma de transmissão da toxoplasmose e a forma correta de prevenção para as gestantes suscetíveis. CONCLUSÃO: Conclui-se que é fundamental o pré-natal precoce, ainda no 1º trimestre, visando a identificação da gestante suscetível e o diagnóstico de contaminação aguda para a toxoplasmose. Nesse sentido, medidas de educação em saúde são essenciais para evitar a contaminação pelo Toxoplasma gondii e, consequentemente, prevenir a transmissão vertical para o feto, evitando, assim, problemas congênitos que possam surgir.  

  • Palavras-chave
  • Gestante. Infecção. Prevenção. Toxoplasmose.
  • Área Temática
  • Epidemias Globais
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

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Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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Comissão Científica

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Dirceu Cavalcanti Rigoni

Eric Homero Albuquerque Paschoal

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Juliana de Araújo Borges Ferreira

Lauro José Barata de Lima

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Maria de Fátima Guimarães Couceiro

Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza