PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS CONFIRMADOS DE TUBERCULOSE NA REGIÃO NORTE ENTRE CRIANÇAS DE 0 A 4 ANOS: UMA ANÁLISE DE 2019 A 2023

  • Autor
  • Luídi Lobato Gonçalves
  • Co-autores
  • Jenifer de Moura Peixoto , Isabela Cristina Silva da Silva , Leonardo Aguiar dos Santos , Lucas Alexandre Ferreira de Sousa , Bianca Rafaela Farias da Silva , Pedro Henrique Rodrigues Ferreira , Giovana Pereira Lobato Brito , Deborah Victoria dos Santos Ganzer , Juliane da Silva Azevedo
  • Resumo
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    INTRODUÇÃO: A Tuberculose (TB) é uma doença infectocontagiosa causada pelo microrganismo Mycobacterium tuberculosis, a qual é transmitida por gotículas de aerossóis de pessoa para pessoa. A subnotificação de casos pediátricos é comum devido à dificuldade diagnóstica, apesar de estimativas globais apontarem para cerca de um milhão de casos anuais, resultando em 130 mil mortes, colocando a TB entre as 10 principais causas de mortalidade infantil. Dessa forma, verifica-se que a detecção da doença em crianças serve como indicador de exposição a adultos tuberculosos em seu ambiente. OBJETIVO: Analisar o perfil epidemiológico dos casos confirmados de tuberculose em crianças de 0 a 4 anos na Região Norte de 2019 a 2023. MÉTODOS: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo e quantitativo, cujos dados foram obtidos através da consulta à base de dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH-SUS), disponíveis no DATASUS. As informações tratam dos casos confirmados de tuberculose em crianças de 0 a 4 anos na Região Norte 2019 a 2023, as quais tiveram suas características descritas por meio da utilização das variáveis: ano de diagnóstico, faixa etária, cor/raça, sexo e unidade de federação. RESULTADOS: Durante o período analisado, um total de 879 casos confirmados foram observados, com o maior número ocorrendo em 2023 (N=262/ 29,8%), seguido por 2022 (N=207/ 23,5%) e 2019 (N=171/ 19,4%). O estado do Amazonas registrou o maior número de óbitos (N=487/ 55,4%), seguido pelos estados do Pará (N=261/ 29,7%) e Roraima (N=41/ 4,6%). Foram registrados 340 casos entre menores de 1 ano (38,7%) e 539 casos na faixa etária de 1-4 anos (61,3%). Em relação à cor/raça, a mortalidade foi mais alta entre pessoas pardas (N=601/ 68,3%), seguidas por casos indígenas (N=147/ 16,7%). Houve predominância do sexo masculino nos óbitos nesse período (57%). DISCUSSÃO: O aumento progressivo de casos ao longo dos anos pode estar ligado ao acesso limitado aos serviços de saúde e ao diagnóstico tardio, evidenciando disparidades regionais nos cuidados de saúde, especialmente nos estados do Amazonas, Pará e Roraima, onde as condições socioeconômicas desfavoráveis podem agravar a situação. A disparidade étnico-racial dos resultados reflete desigualdades no acesso aos serviços de saúde. A alta incidência na infância destaca questões referentes à transmissão da TB e a falta de acesso a medidas preventivas, como a vacinação BCG. O diagnóstico desafiador da tuberculose em crianças destaca a necessidade urgente de estratégias específicas de diagnóstico e tratamento para reduzir complicações graves e mortalidade. CONCLUSÃO: A tuberculose na infância tem se mostrado um grave desafio de saúde pública, sobretudo por acometer o público infantil. Desse modo, a presença dessa patologia revela falhas no acesso aos cuidados de saúde e disparidades socioeconômicas subjacentes, sendo importante identificar e tratar precocemente a tuberculose infantil para reduzir sua disseminação.

  • Palavras-chave
  • Epidemiologia; Região Norte; Tuberculose; Criança
  • Área Temática
  • Epidemias Globais
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

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Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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Lauro José Barata de Lima

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Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza