PREVALÊNCIA DE POTENCIAIS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS NA UNIDADE DE CUIDADOS INTENSIVOS DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

  • Autor
  • LÍVIA FERREIRA MAGNO
  • Co-autores
  • NATHAN RODRIGUES NEGRÃO , LAINA NEVES CORDEIRO CAVALCANTI , RAFAEL REIS DE OLIVEIRA , LARISSA SUZAN BASILIO E SILVA , CAROLINE PATRÍCIA AMARAL COSTA , LUIZA HELENA CARDOSO PLATILHA , ARTHUR RIBEIRO AGUIAR , ALAN BARROSO ARAÚJO GRISÓLIA
  • Resumo
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    Introdução: Interações medicamentosas são definidas como alterações na atividade de uma droga devido ao uso concomitante de outra droga. No contexto da Unidade de Cuidados Intensivos (UCI), a associação de diversas drogas para o manejo dos pacientes é frequente, observando-se, em média, a prescrição de duas vezes mais medicamentos para pacientes internados na UCI em comparação com os não internados. Nesse sentido, o potencial para ocorrência de interações medicamentosas é aumentado significativamente, o que torna essencial o conhecimento acerca das potenciais interações medicamentosas (PIM) no âmbito da UCI para otimizar as prescrições e os cuidados com o paciente. Objetivos: Avaliar o perfil quantitativo e qualitativo das interações medicamentosas na Unidade de Cuidados Intensivos de um hospital universitário em Belém do Pará. Métodos: Trata-se de um estudo qualitativo, quantitativo, descritivo e retrospectivo, constituído por pacientes internados na UCI no 1º semestre de 2022. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (Parecer 4.951.726). Os dados foram obtidos por meio de análise da prescrição eletrônica no Aplicativo de Gestão de Hospitais Universitários, foi usado o Lexicomp® Drug Interactions para análise de PIMs. Os dados dos 60 pacientes selecionados foram agrupados em planilhas e passaram por análise descritiva simples e cálculo de média e desvio padrão. Resultados: Neste estudo, das 60 prescrições analisadas, 95% apresentaram pelo menos uma potencial interação, totalizando 370 PIMs. Os principais medicamentos envolvidos foram a Dipirona (12,93%), o Fentanil (8,03%) e a Furosemida (6,94%). A principal PIM foi Enoxaparina e Dipirona (4,58%). A gravidade de maior prevalência foi do tipo moderada (76,28 %). O principal efeito possível observado foi depressão do Sistema Nervoso Central (SNC). Discussão: A principal PIM encontrada pode se dar devido a, no hospital, a Dipirona ser amplamente utilizada para controle de hipertermias e manejo inicial da dor, além da Enoxaparina ser utilizada para profilaxia de tromboembolismo venoso. Apesar do principal efeito possível ter sido depressão do SNC, ele costuma ser intencional em pacientes críticos em UCI para reduzir a ansiedade e o estresse da ventilação mecânica e prevenir danos causados por agitação. A PIM de elevado risco (Risco “X”) teve incidência 2,16% e representa um grande risco ao paciente por estar associada a condições como síndrome neuroléptica maligna, a exemplo da interação Amitriptilina e Bromoprida. Conclusão: O presente estudo mostrou um elevado percentual de PIM nas prescrições em UCI. Isso mostra a necessidade de constante vigilância e avaliação da farmacoterapia dessa população que podem otimizar resultados. Além disso, novos estudos são necessários para avaliar o possível impacto dessas PIMs sobre os pacientes, bem como o correto manejo e prevenção.

  • Palavras-chave
  • Potencial interação medicamentosa, prescrição em unidade de cuidados intensivos, efeitos de interações medicamentosas, potencial interação medicamentosa em prescrições, prevalência de interações medicamentosas em prescrições
  • Área Temática
  • Evolução dos Fármacos
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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Lauro José Barata de Lima

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Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza