ALCANCE DA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE NA COBERTURA VACINAL DE POPULAÇÕES INDÍGENAS

  • Autor
  • Barbara Thayna Coringa de Queiroz
  • Co-autores
  • Beatriz Rocha Ferreira , Alanna Chirle Silva Curuaia , Tinara Leila de Souza Aarão
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO e OBJETIVO: O Programa Nacional de Imunizações (PNI), criado em 1973, é o responsável por promover a erradicação de várias doenças imunopreviníveis. Contudo, embora o PNI tenha obtido resultados satisfatórios no território nacional, a cobertura vacinal (CV) não é efetuada de forma preconizada pelo programa no que tange os povos indígenas. Com isso, há a necessidade do acompanhamento do alcance das CV como um instrumento de monitoramento e de avaliação das ações de vacinação para esses povos. Este trabalho objetivou mapear os estudos científicos sobre a CV pela atenção primária em saúde nas populações indígenas no Brasil. CASUÍSTICA e MÉTODO: Foi realizada uma Revisão de Escopo da literatura. O levantamento dos dados bibliográficos foi realizado em duas bases de dados: PubMed e Google Acadêmico, utilizando as chaves de busca: “cobertura vacinal”, “povos indígenas”, “Brasil”, “Vaccination coverage”, “Indigenous people” e “Brazil”, e o operador booleano “AND”. Foram selecionados os artigos que atenderam os critérios de inclusão, disponíveis de forma online, tanto em Português quanto em Inglês, sendo elegíveis os que mapeiam a CV no Brasil, com foco na população indígena e sendo publicados nos últimos 10 anos (2014-2024). Sendo excluídos os que tratam de CV no Brasil, mas não com enfoque nos indígenas, os duplicados e os que não mapeiam CV apenas no território brasileiro. RESULTADOS: Encontraram-se 4041 resultados dos quais 50 atenderam aos primeiros critérios, sendo incluídos 7 e descartados 43, que não atenderam os critérios de inclusão. Entre os 7 artigos inseridos na revisão, ficou evidente que a CV entre os povos indígenas é inferior à da população brasileira em geral, o que ficou mais explícito com o surgimento da COVID-19, já que 4 desses artigos revelaram uma CV mais baixa entre os povos indígenas e uma menor taxa de preenchimento dos esquemas vacinais, o que revela a necessidade de expandir o acesso, a imunização e oferta urgente de doses de reforço para alcançar um maior nível de proteção entre esses povos. DISCUSSÃO: Apesar da baixa quantidade de produções científicas sobre a temática, todos os resultados selecionados enfatizaram a questão como uma emergência de saúde pública em algumas etnias. Embora haja avanço da CV no Brasil, ainda deve haver um progresso na vasta área geográfica brasileira para alcançar povos de difícil acesso às imunizações. CONCLUSÃO: Através dos estudos incluídos, concluiu-se que a CV da população indígena no Brasil é significativamente inferior à da população em geral. Também, analisou-se a baixa quantidade de trabalhos científicos sobre o tema, revelando que não é somente na atenção primária que a questão da CV dos indígenas precisa de mais atenção, já que a produção científica pode ser uma aliada na contribuição de práticas e políticas públicas, bem como para a pesquisa científica. Assim, a revisão evidenciou a necessidade de melhorar a CV e as condições de saúde das populações indígenas no Brasil.

  • Palavras-chave
  • Cobertura vacinal, Povos indígenas, Brasil
  • Área Temática
  • Políticas Públicas em Saúde
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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