PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTERNAÇÕES POR DEMÊNCIA NA REGIÃO NORTE ENTRE PESSOAS DE 60 ANOS OU MAIS: UMA ANÁLISE DE JANEIRO DE 2019 A DEZEMBRO DE 2023

  • Autor
  • Luídi Lobato Gonçalves
  • Co-autores
  • Jenifer de Moura Peixoto , Isabela Cristina Silva da Silva , Leonardo Aguiar dos Santos , Lucas Alexandre Ferreira de Sousa , Bianca Rafaela Farias da Silva , Marcela Eduarda Lopes Macedo , Giovana Pereira Lobato Brito , Deborah Victoria dos Santos Ganzer , Juliane da Silva Azevedo
  • Resumo
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    INTRODUÇÃO: A demência compromete memória, pensamento, comportamento e atividades diárias, afetando 35,6 milhões de pessoas no mundo, número que deve dobrar até 2030 e triplicar até 2050. A falta de consciência e compreensão da demência na maioria dos países resulta em estigmatização, barreiras ao diagnóstico e cuidados, que afetam física, psicológica e economicamente cuidadores e familiares. Tal patologia possui causas multifatoriais, principalmente doenças neurodegenerativas e cerebrovasculares, o que se configura como um problema de saúde pública com impacto socioeconômico significativo. OBJETIVO: Analisar o perfil epidemiológico das internações de pessoas com 60 anos ou mais por demência na Região Norte, de janeiro de 2019 a dezembro de 2023. MÉTODOS: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo e quantitativo, cujos dados foram obtidos através da consulta à base de dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH-SUS), disponíveis no DATASUS. As informações referem-se às internações por demência na Região Norte, de janeiro de 2019 a dezembro de 2023. Utilizou-se as variáveis: ano de processamento, faixa etária, cor/raça, sexo e unidade de federação. RESULTADOS: Foram registradas 107 internações no período analisado, com o maior número em 2023, 26 (24,2%), seguido por 2022 com 25 (23,3%) e 2019 com 23 (21,4%). A unidade federativa com mais internações foi o Pará (28,9%), seguido por Tocantins (26,1%) e Rondônia (24,2%). A maioria das internações ocorreu em pessoas com 80 anos ou mais (42%), seguido pelas faixas etárias de 65 a 69 anos (20,5%) e 75 a 79 anos (13%). Quanto à cor/raça, as internações foram predominantemente em pessoas pardas (57,9%), seguido de casos sem informação (29,9%). O sexo masculino foi predominante no número de internações no período (56%). DISCUSSÃO: Os dados indicam um aumento significativo das internações em 2023, refletindo previsões globais de crescimento da demência. O predomínio de internações em idosos com 80 anos ou mais destaca o impacto do envelhecimento populacional. A disparidade entre as unidades federativas e a maior incidência de internações entre pessoas pardas sugerem desigualdades regionais no acesso aos cuidados de saúde e na equidade no atendimento, além das lacunas na coleta de dados que levam à falta de informação sobre cor/raça. A ausência de cura para a demência ressalta a importância de intervenções que possam retardar sua progressão e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Investimentos em campanhas de educação pública e treinamento para profissionais de saúde são essenciais para melhorar o diagnóstico e manejo da doença. CONCLUSÃO: Em suma, os resultados destacam a urgência de políticas integradas que visem tanto os aspectos médicos quanto os sociais da demência, tendo em vista seu crescente aumento na população e, assim, representar um prejuízo a qualidade de vida dos indivíduos.

     

  • Palavras-chave
  • Epidemiologia, Região Norte, Demência
  • Área Temática
  • Epidemias Globais
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

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Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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Tereza Cristina de Brito Azevedo

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