PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ÓBITOS POR DIARREIA E GASTROENTERITE DE ORIGEM INFECCIOSA PRESUMÍVEL NA REGIÃO NORTE: UMA ANÁLISE DE JANEIRO DE 2014 A DEZEMBRO DE 2023

  • Autor
  • Cauê Santos Rabelo Mendes
  • Co-autores
  • Jenifer de Moura Peixoto , Antônia Evelyn Albuquerque Costa , Isabella Tavares Moura
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: A doença diarreia e gastroenterite de origem infecciosa presumível (CID A09) é causada por vírus, bactérias e parasitas, e resulta em aumento nas evacuações e no volume fecal, com duração média de até 14 dias. Integrante das Doenças Diarreicas Agudas (DDA), apresenta sintomas abdominais e diarreia, podendo levar a óbito devido à desidratação e desnutrição pela perda de líquidos e nutrientes. Os vírus predominantes são rotavírus, norovírus, sapovirus e astrovírus humanos, transmitidos por via oral ou fecal através de objetos, água e alimentos. OBJETIVO: Analisar o perfil epidemiológico dos óbitos por diarreia e gastroenterite de origem infecciosa presumível na Região Norte de janeiro de 2014 a dezembro de 2023. MÉTODOS: Este é um estudo epidemiológico, descritivo e quantitativo, cujos dados foram coletados da base do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH-SUS), disponível no DATASUS. As informações referem-se aos óbitos decorrentes de diarreia e gastroenterite de origem infecciosa presumível na Região Norte, entre janeiro de 2014 e dezembro de 2023. As variáveis analisadas incluem ano de registro, faixa etária, cor/raça, sexo e unidade da federação. RESULTADOS: Durante o período analisado, foram registradas 934 mortes, com o pico ocorrendo em 2022, totalizando 118 óbitos (12,6%), seguido por 2023, com 110 (11,5%), e 2019, com 108 (11,5%). O Pará teve o maior número de óbitos (50,5%), seguido por Amazonas (18%) e Roraima (10,2%). As faixas etárias mais afetadas foram 80 anos ou mais (23,7%), seguida por 70 a 79 anos (18,8%) e menores de 1 ano (14%). Pessoas pardas representaram a maioria das mortes (52,9%), seguidas por casos sem informação (32,7%). Não houve diferença significativa entre os sexos, afetando homens (49,9%) e mulheres (50,1%) em proporções semelhantes. DISCUSSÃO: Os dados sobre mortes por diarreia e gastroenterite de origem infecciosa apontam para uma preocupação relevante com a saúde pública, especialmente em regiões com saneamento básico precário, evidenciado pela discrepância nas taxas de mortalidade por estado. A falta de saneamento contribui para a contaminação das águas, agravando problemas de saúde, especialmente em crianças e idosos, grupos mais vulneráveis. As chuvas podem intensificar a contaminação da água, reforçando a necessidade de melhorias no abastecimento hídrico. A vacinação, especialmente contra o rotavírus, é vital para prevenir mortes, destacando a importância de investimentos em saúde pública. CONCLUSÃO: Em resumo, nota-se a necessidade de ações para aprimorar o saneamento básico, a qualidade da água e a cobertura vacinal, especialmente em áreas de maior vulnerabilidade. A discrepância nas taxas de mortalidade entre os estados ressalta a importância de políticas de saúde pública mais abrangentes e eficazes, visando mitigar os efeitos nocivos de uma infraestrutura inadequada. Essas intervenções são cruciais para proteger a saúde das comunidades afetadas e promover equidade no acesso à saúde.

  • Palavras-chave
  • Epidemiologia, Região Norte, Diarreia, Mortalidade
  • Área Temática
  • Epidemias Globais
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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