DESAFIOS DA DISTRIBUIÇÃO DE MÉDICOS NO PARÁ: O POTENCIAL TRANSFORMADOR DA TELEMEDICINA

  • Autor
  • Ícaro Natan da Silva Moraes
  • Co-autores
  • Gabriella Ferreira Teixeira Gonçalves , Amanda Souza França Veras , Ytalo Magalhães Miranda , Jannyara Sayaponara da Silva Sousa , Maria Eduarda Luzia Rebelo Freire , Igor Costa Espinheiro , Vanessa Katiely Soares Mota Martins , Roney de Sá Ferreira , Rossela Damasceno Caldeira
  • Resumo
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    Introdução e Objetivo: No Brasil, a distribuição desigual de médicos é um desafio enfrentado pelo sistema de saúde, resultando em disparidades no acesso aos serviços médicos, especialmente em regiões remotas como a Amazônia. Este estudo tem como objetivo analisar a correlação entre a distribuição de médicos e a adoção da telemedicina, destacando a importância dessa modalidade de atendimento na redução das lacunas assistenciais. Casuística e Método: Utilizando dados demográficos e de distribuição de médicos até 2024, provenientes de fontes como o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação Médica Brasileira (AMB), a Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), este estudo analisou a distribuição geográfica de médicos em todo o Brasil, com ênfase na região Norte. Resultados:  A análise percentual da densidade médica revela disparidades significativas na distribuição de médicos pelo Brasil. Na região Norte, a densidade médica média é de 1,73 médicos por mil habitantes, enquanto as regiões Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste e Sul registram densidades de 3,39, 2,22, 3,76 e 3,27 médicos por mil habitantes, respectivamente. Essa discrepância aponta para uma clara desigualdade na oferta de profissionais de saúde, com a Região Norte apresentando a menor densidade médica em comparação com outras partes do país. Ao focarmos especificamente no estado do Pará, observamos uma situação ainda mais preocupante. Com uma densidade médica de apenas 1,39 médicos por mil habitantes, o Pará fica aproximadamente 50% abaixo da média nacional, que é de 2,81 médicos por mil habitantes. Discussão: Essa disparidade ressalta a urgência de medidas para melhorar o acesso aos serviços de saúde no estado do Pará, enfatizando a necessidade de políticas e intervenções que promovam uma distribuição mais equitativa de médicos em todo o país. A telemedicina surge como uma alternativa promissora para superar as barreiras geográficas e promover o acesso equitativo aos cuidados de saúde na região Norte, especialmente no Pará. Ao permitir consultas e diagnósticos à distância, a telemedicina pode preencher lacunas assistenciais, proporcionando atendimento de qualidade mesmo em áreas remotas. Além disso, a tecnologia pode facilitar o acesso a especialistas, permitindo que pacientes em locais remotos recebam aconselhamento e tratamento adequados sem a necessidade de deslocamento. Conclusão: A telemedicina representa uma oportunidade única para promover a equidade no acesso aos cuidados de saúde na região Norte do Brasil. Investimentos em infraestrutura tecnológica e iniciativas de capacitação podem ajudar a impulsionar a adoção dessa prática e melhorar significativamente os resultados de saúde para a população local.

     

  • Palavras-chave
  • Telemedicina, Saúde Digital, Distribuição de médicos, Políticas Públicas.
  • Área Temática
  • Telemedicina
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

A Comissão Científica

  • Telemedicina
  • Direito Médico
  • Medicina do Esporte
  • Políticas Públicas em Saúde
  • Gestão e Sustentabilidade em Saúde
  • Epidemias Globais
  • Inovações Tecnológicas em Saúde
  • Evolução dos Fármacos
  • Educação Financeira
  • Cooperativismo

Comissão Organizadora

Dr. José Rufino Costa dos Santos - Presidente

Dr. Habib Fraiha Neto - Predidente de Honra

 

Dr. Pedro Celeste Noleto e Silva

Dr. Francisco Eratóstenes da Silva

Dr. Heryvelton Lima de Freittas

Dra. Brenda Faccio dos Santos

Dr. Otávio Guilhon

Dra. Ana Claudia Santana

Dr. Juciland de Sena Gama

Dr. José Mariano de Melo Cavaleiro de Macedo

Dr. José Roberto

Dra. Valéria Barbosa Pontes

 

Comissão Científica

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Lauro José Barata de Lima

Dirceu Cavalcanti Rigoni

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Marianne Rodrigues Fernandes

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza

Eric Homero Albuquerque Paschoal

 

Comissão Avaliadora

David José Oliveira Tozetto 

Diana Albuquerque Sato

Dirceu Cavalcanti Rigoni

Eric Homero Albuquerque Paschoal

Janari da Silva Pedroso

Juliana de Araújo Borges Ferreira

Lauro José Barata de Lima

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Maria de Fátima Guimarães Couceiro

Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza