TRANSPLANTES DE ÓRGÃOS NA REGIÃO NORTE DO BRASIL: DESAFIOS E AVANÇOS NO PANORAMA ATUAL

  • Autor
  • Ícaro Natan da Silva Moraes
  • Co-autores
  • Rafael Hipolito Pires Batista , Gabriella Ferreira Teixeira Gonçalves , Ytalo Magalhães Miranda , Jannyara Sayaponara da Silva Sousa , Maria Eduarda Luzia Rebelo Freire , Amanda Souza França Veras , Igor Costa Espinheiro , Pithya Melinna Cavalcante de Souza Ferreira , Darlen Cardoso de Carvalho
  • Resumo
  • Introdução: Com o avanço da tecnologia, os transplantes passaram de terapia experimental para escolha preferencial para pacientes com falência de órgãos. Para que ocorram efetivamente, é essencial a colaboração e aceitação da sociedade. A disparidade entre doadores e demanda resulta em longas listas de espera e aumento de mortes. O Ministério da Saúde do Brasil tem intensificado esforços para aumentar a oferta de órgãos e reduzir o tempo de espera. Este estudo visa analisar o panorama dos transplantes de órgãos na Região Norte do Brasil entre 2014 e 2023, destacando desafios e avanços. Casuística e Método: Este estudo de caráter transversal, descritivo e quantitativo, utilizou dados de transplantes de órgãos sólidos realizados no Brasil, com foco na Região Norte, entre 2014 e 2023. As fontes de dados incluem as Centrais Estaduais de Transplantes, o Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS), e o Registro Brasileiro de Transplantes da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). Resultados: Entre 2014 e 2023, foram realizados 82.559 transplantes de órgãos no Brasil, sendo 55.893 transplantes de rim (67.7%) e 18.346 de fígado (22.2%). Na Região Norte, foram realizados apenas 874 transplantes (1.06% do total nacional), dos quais 663 foram de rim e 69 de fígado. O número de transplantes na região aumentou significativamente de 47 em 2022 para 142 em 2023. No entanto, nenhum transplante de coração, pâncreas, pâncreas-rim, intestino isolado ou multivisceral foi realizado na região durante o período estudado. Em 2023, os Estados do Amapá, Rondônia e Tocantins não realizaram nenhum procedimento, enquanto o Pará liderou com 78 transplantes. Discussão: Os dados revelam uma desigualdade na distribuição de centros de transplantes no Brasil, concentrados principalmente nas regiões Sul e Sudeste. A Região Norte enfrenta desafios significativos, incluindo a ausência de centros credenciados para transplantes complexos como os de coração e pâncreas, e a necessidade de pacientes migrarem para outras regiões para receber tratamento. Essa disparidade resulta em dificuldades de acesso, acompanhamento pós-transplante e tratamento adequado, afetando negativamente a qualidade de vida e a sobrevida dos pacientes. Políticas recentes, como a Política Nacional de Conscientização e Incentivo à Doação e ao Transplante de Órgãos e Tecidos, visam mitigar essas desigualdades por meio de investimentos em formação contínua de profissionais e campanhas de conscientização. Conclusão: Embora a Região Norte tenha apresentado alguns avanços significativos nos transplantes de órgãos, os desafios permanecem substanciais. A baixa quantidade de transplantes, a carência de centros especializados e as dificuldades logísticas evidenciam a necessidade de políticas públicas mais efetivas e investimentos direcionados para melhorar a infraestrutura e o acesso aos serviços de transplante. 

  • Palavras-chave
  • Transplante de Órgãos, Doação de Órgãos, Sistema Único de Saúde, Políticas de Saúde.
  • Área Temática
  • Políticas Públicas em Saúde
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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Lauro José Barata de Lima

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

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Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza