Perfil epidemiológico de pacientes com síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) na região Norte no período de 2014-2023

  • Autor
  • Larissy Christine Menezes Lisboa
  • Co-autores
  • Rodrigo Hideki Sousa Omoto
  • Resumo
  • Introdução e Objetivo: Reconhecida em meados de 1981, a AIDS emergiu como uma epidemia na história contemporânea, com transmissão contínua em vários países do mundo. Causada pelo HIV (vírus da imunodeficiência humana), é caracterizada pela deterioração progressiva do sistema imunológico, com transmissão sexual, sanguínea e vertical. Nas últimas décadas, as respostas globais à epidemia evoluíram significativamente, no entanto, ela continua a ser um problema de saúde pública, com destaque para as disparidades regionais. O objetivo deste estudo é analisar o perfil epidemiológico dos pacientes com AIDS na região Norte do Brasil, no período de 2014 a 2023. Casuística e Método: Trata-se de um estudo epidemiológico retrospectivo e quantitativo de caráter observacional, descritivo e ecológico. Os dados foram coletados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação no departamento de HIV/Aids, observando-se as variáveis “sexo”, “faixa etária” e “raça”, relacionadas ao tema do estudo, no período de 2014 a 2023. Os dados foram organizados no software Microsoft Excel 2016, procedendo-se à análise estatística descritiva. Resultados: Foram observados 358.142 casos de AIDS no Brasil, sendo que na região Norte ocorreram 42.678 (11,91%) casos. Em relação à região Norte, observou-se que 29.555 (69,25%) dos casos atingiram a população masculina e a faixa etária entre 20 a 49 anos concentrou 34.243 (80,23%) dos casos. Ademais, observou-se que 16.511 (38,68%) dos casos são da população parda, porém é válido destacar que 22.287 (52,22%) apresentaram o aspecto raça como ignorado. Discussão: Os dados mostram que na região norte a maioria dos casos ocorreu entre homens (69,25%), refletindo padrões de comportamento de risco mais frequentes. A análise de faixas etárias demonstrou que a população jovem adulta apresenta maior prevalência dos casos em relação às demais faixas etárias, o que pode-se atribuir ao grupo apresentar vida sexual ativa e práticas como a menor adesão de medida preventivas e múltiplos parceiros, o que predispõe à infecção por HIV. A prevalência de casos entre pardos (38,68%) provavelmente corresponde à demografia regional, embora a alta taxa de registros com raça ignorada indique lacunas na coleta de dados. Conclusão: Portanto, constata-se que o HIV é uma afecção altamente prevalente, que não se restringe somente ao aspecto patológico, mas também sofre influência de aspectos socioeconômicos. Na região norte, apresenta-se especialmente na população masculina jovem adulta e parda, com lacunas nos dados de raça. Tal condição afeta consideravelmente a qualidade de vida do indivíduo, requerendo tratamento e acompanhamento ao longo de toda vida.  Esses achados reforçam a importância de estratégias de prevenção direcionadas e intervenções específicas para populações de maior risco, além de melhorias nos sistemas de informação em saúde para garantir dados mais precisos e completos.

  • Palavras-chave
  • AIDS, Perfil epidemiológico, Saúde pública, Região Norte
  • Área Temática
  • Epidemias Globais
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Boa leitura!

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