ESQUIZOFRENIA NO ESTADO DO PARÁ: ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA E IMPLICAÇÕES EM POLÍTICAS DE SAÚDE MENTAL

  • Autor
  • Ícaro Natan da Silva Moraes
  • Co-autores
  • Pithya Melinna Cavalcante de Souza Ferreira , Maria Eduarda Luzia Rebelo Freire , Amanda Souza França Veras , Ytalo Magalhães Miranda , Emerson Marcone Tavares Abreu , Igor Costa Espinheiro , Suane Amaral da Silva de Sá , Jannyara Sayaponara da Silva Sousa , Edilene Silva da Costa
  • Resumo
  • Introdução e Objetivo: A esquizofrenia é uma das principais doenças incapacitantes em jovens e adultos, com uma prevalência mundial significativa. Além de seu impacto na saúde mental dos indivíduos, a esquizofrenia carrega um estigma social considerável, que frequentemente resulta em discriminação e exclusão social, agravando a condição dos pacientes e dificultando seu acesso ao tratamento adequado. O objetivo deste estudo é analisar as internações por esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e delirantes no estado do Pará entre 2014 e 2023, destacando características demográficas e temporais, e discutir implicações para políticas de saúde mental. Casuística e Método: Trata-se de um estudo ecológico, descritivo e transversal. Os dados foram obtidos por meio da base de dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) vinculados ao Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Resultados:  No intervalo de 2014 a 2023, o estado do Pará registrou um total de 21.702 internações por esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e delirantes, com um crescimento constante ao longo dos anos e um pico notável de 2.683 internações em 2023. Ao analisar os dados por estado na região Norte, destaca-se que o Pará liderou em número de internações, representando 51.5% do total de 42.124 internações na região Norte durante esse período. Os demais estados apresentaram os seguintes números de internações: Rondônia (14.8%), Acre (11.6%), Amazonas (8.1%), Roraima (2.9%), Amapá (1.3%) e Tocantins (9.8%). No estado do Pará, a maioria das internações ocorreu em indivíduos pardos (71.37%), seguidos por brancos (13.37%), sem informação (12.80%), pretos (1.50%) e amarelos (0.94%). Em relação ao sexo, houve uma predominância de internações em homens, representando aproximadamente 56.30% do total. Observou-se que a faixa etária mais afetada foi a de 20 a 29 anos, com 28.35% do total de internações, seguido pelo grupo de 30 a 39 anos, com 26.0%. Discussão: A crescente incidência de internações por esquizofrenia no Pará reflete a necessidade urgente de investimentos em políticas públicas de saúde mental. A falta de psiquiatras na região e a carência de estrutura adequada para o tratamento de transtornos mentais evidenciam a urgência em abordar essa questão. Ao analisar por faixa etária, percebe-se que o predomínio das internações ocorre em pessoas mais jovens, o que demanda uma atenção especial do governo. Conclusão: A análise epidemiológica das internações por esquizofrenia no Pará revela desafios significativos, evidenciando a necessidade de políticas públicas mais direcionadas. Com o Pará contribuindo com mais da metade das internações na região Norte, compreender o perfil demográfico dos pacientes é crucial para implementar intervenções adequadas. Investimentos em saúde mental, incluindo acesso a serviços especializados e ações preventivas, são essenciais para enfrentar essa realidade, exigindo comprometimento das autoridades de saúde. 

  • Palavras-chave
  • Esquizofrenia, Transtornos mentais, Políticas de saúde, Epidemiologia.
  • Área Temática
  • Políticas Públicas em Saúde
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

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Boa leitura!

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