PREVENÇÃO AO CÂNCER DE PELE: LIÇÕES DA CAMPANHA AUSTRALIANA PARA POLÍTICAS PÚBLICAS BRASILEIRAS

  • Autor
  • Ícaro Natan da Silva Moraes
  • Co-autores
  • Rafael Hipolito Pires Batista , Kelrilem Rainara Manos Cruz , Márcia Mayanne Almeida Bezerra , Ana Mariah Ferreira Paes , Thyago Rodrigues Paes , Sofia Alessandra Naiff Araujo , Isabella Lourenço Balla , Rebeca Elise de Lima Pantoja , Carmem Glória Palheta Godinho
  • Resumo
  • Introdução e Objetivo: O câncer de pele é um problema de saúde pública na Austrália e no Brasil, com altas taxas de incidência e mortalidade. Na Austrália, a campanha "Slip, Slop, Slap" e o programa SunSmart reduziram significativamente a incidência de câncer de pele. Este resumo discute a necessidade de uma campanha nacional de fotoprevenção no Brasil, inspirada na experiência australiana, para propor políticas públicas que diminuam a incidência e mortalidade do câncer de pele. Casuística e Método: Foi realizada uma revisão de literatura usando os descritores "Australia", "Skin neoplasms", "Health promotion" e "Sunscreens", nas bases de dados PubMed, Scopus e Scientific Electronic Library Online (SciELO), nos últimos 10 anos, em inglês. Cinco artigos foram selecionados. Além disso, foram utilizados dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer) referentes à estimativa trienal de 2023. Resultados: Segundo o INCA, prevê-se que 700 mil novos casos de câncer surgirão anualmente entre 2023 e 2025, sendo o câncer de pele não melanoma o tipo mais comum, representando 31,3% dos casos. A campanha "Slip, Slop, Slap" (1981) e o programa SunSmart (1988) resultaram em melhorias nos comportamentos de proteção solar na Austrália. A taxa de melanoma caiu de 25 por 100 mil em 1996 para 14 por 100 mil em 2010 entre pessoas de 20 a 24 anos. Também houve diminuição de carcinomas basocelular e espinocelular em pessoas com até 45 anos. Estes programas incluíram campanhas de educação pública, com adesão em escolas e nos locais de trabalho. As iniciativas geraram uma mudança cultural na proteção solar, por meio de políticas governamentais complementares, como a remoção de impostos sobre protetores solares. Os programas de prevenção do câncer de pele na Austrália oferecem um retorno de investimento de 3,20 dólares por cada dólar gasto, com economias estimadas de até 3,63 bilhões de dólares nos próximos 10 anos. Discussão: A experiência australiana destaca a eficácia das campanhas de prevenção do câncer de pele. Uma campanha nacional de fotoprevenção no Brasil, inspirada no modelo australiano, pode reduzir a incidência e mortalidade do câncer de pele. É essencial promover comportamentos de proteção solar desde a infância, por meio de programas educacionais e regulamentações que incentivem a proteção contra a radiação ultravioleta (UV). Ademais, a implementação de políticas de apoio, como a redução de impostos sobre protetores solares, pode favorecer a prevenção do câncer de pele no país. A experiência australiana demonstra a importância de financiamento contínuo para campanhas de educação pública e de iniciativas de prevenção primária. Conclusão: Implementar políticas públicas de fotoprevenção no Brasil, inspiradas no sucesso australiano, é crucial para reduzir a incidência e mortalidade do câncer de pele. Campanhas educacionais abrangentes, regulamentações de proteção solar e políticas de apoio podem ter um impacto significativo na saúde pública brasileira. 

  • Palavras-chave
  • Políticas públicas, Prevenção primária, Neoplasias Cutâneas, Protetores Solares.
  • Área Temática
  • Políticas Públicas em Saúde
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

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