CONDIÇÕES DE TRABALHO E SUSTENTABILIDADE NA SAÚDE: PERSPECTIVAS DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE

  • Autor
  • Ícaro Natan da Silva Moraes
  • Co-autores
  • Márcia Mayanne Almeida Bezerra , Kelrilem Rainara Manos Cruz , Roney de Sá Ferreira , Pithya Melinna Cavalcante de , Thyago Rodrigues Paes , Ana Mariah Ferreira Paes , Vanessa Katiely Soares Mota Martins , Francisco Cleiton de Queiroz Batista , Antonia Aida Oliveira de Mendonça
  • Resumo
  • Introdução e ObjetivoOs Agentes Comunitários de Saúde (ACS) desempenham um papel vital na promoção da saúde e na prevenção de doenças, atuando diretamente nas comunidades, facilitando o acesso aos serviços de saúde. Suas funções são essenciais para a consolidação da Atenção Primária à Saúde (APS). O objetivo deste estudo é analisar as percepções dos ACS sobre suas condições de trabalho e as implicações para a gestão e sustentabilidade do sistema de saúde. Método e Casuística: A pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética e realizada por meio de um questionário online, distribuído via Google Forms, a 13 ACS de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) no município de Castanhal, PA. O questionário abordou o perfil dos trabalhadores e aspectos laborais, garantindo sigilo e segurança dos dados. ResultadosOs participantes eram todos do sexo feminino e com renda familiar entre 2-3 salários mínimos. A maioria tinha entre 45-54 anos (69,2%) e se autodeclarou parda (92,3%). A maioria possuía ensino médio completo (69,2%), trabalhava há mais de 10 anos como ACS (100%) e dedicava 31-40 horas semanais à função (84,6%). Quanto à satisfação com a remuneração, 61,5% afirmaram estar satisfeitas e 38,5% modestamente satisfeitas. Apenas 38,5% recebiam supervisão frequente e a maioria (92,3%) não tinha acesso adequado aos recursos necessários para o trabalho. As condições de trabalho foram avaliadas como regulares (69,2%) ou ruins (30,8%). Em termos de reconhecimento e valorização, 61,5% se sentiam não reconhecidas, apesar de todas acreditarem que seu trabalho impacta positivamente a comunidade. As políticas de saúde voltadas para os ACS foram consideradas insatisfatórias por 46,2% das participantes. DiscussãoA predominância de ACS do sexo feminino reflete uma tendência geral de feminização nas profissões de saúde. Com um longo tempo de serviço, essas profissionais são experientes, mas enfrentam desafios significativos. A falta de recursos e condições inadequadas de trabalho pode prejudicar a eficácia dos ACS, evidenciando a necessidade de uma gestão mais eficiente e sustentável. Problemas como insatisfação com a remuneração e falta de reconhecimento afetam a motivação e o desempenho. A gestão da UBS deve focar na melhoria das condições de trabalho e na valorização profissional dos ACS para garantir a sustentabilidade do sistema de saúde e a qualidade do atendimento à comunidade. Conclusão: Destaca-se a importância de uma gestão eficiente e sustentável que inclua melhores condições de trabalho, recursos adequados e valorização profissional dos ACS. A implementação de políticas públicas que abordem esses aspectos é crucial para melhorar a qualidade dos serviços de saúde e garantir a sustentabilidade do sistema. As percepções dos ACS revelam pontos cruciais que podem guiar aprimoramentos no processo de trabalho, favorecendo um ambiente de trabalho mais acolhedor e eficaz. 

  • Palavras-chave
  • Gestão em Saúde, Condições de Trabalho, Agentes Comunitários de Saúde, Políticas Públicas.
  • Área Temática
  • Gestão e Sustentabilidade em Saúde
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

A Comissão Científica

  • Telemedicina
  • Direito Médico
  • Medicina do Esporte
  • Políticas Públicas em Saúde
  • Gestão e Sustentabilidade em Saúde
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  • Evolução dos Fármacos
  • Educação Financeira
  • Cooperativismo

Comissão Organizadora

Dr. José Rufino Costa dos Santos - Presidente

Dr. Habib Fraiha Neto - Predidente de Honra

 

Dr. Pedro Celeste Noleto e Silva

Dr. Francisco Eratóstenes da Silva

Dr. Heryvelton Lima de Freittas

Dra. Brenda Faccio dos Santos

Dr. Otávio Guilhon

Dra. Ana Claudia Santana

Dr. Juciland de Sena Gama

Dr. José Mariano de Melo Cavaleiro de Macedo

Dr. José Roberto

Dra. Valéria Barbosa Pontes

 

Comissão Científica

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Lauro José Barata de Lima

Dirceu Cavalcanti Rigoni

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Marianne Rodrigues Fernandes

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza

Eric Homero Albuquerque Paschoal

 

Comissão Avaliadora

David José Oliveira Tozetto 

Diana Albuquerque Sato

Dirceu Cavalcanti Rigoni

Eric Homero Albuquerque Paschoal

Janari da Silva Pedroso

Juliana de Araújo Borges Ferreira

Lauro José Barata de Lima

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Maria de Fátima Guimarães Couceiro

Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza