Introdução: Paliar significa “proteger” e deriva do latim “pallium”, termo utilizado para nomear o manto que os cavaleiros usavam para se proteger de grandes tempestades. Os cuidados paliativos envolvem equipes multidisciplinares que buscam amenizar a dor, diminuir o sofrimento e buscar, principalmente, uma maior qualidade de vida para o paciente e seus familiares, justificando assim, a sua importância enquanto política pública.
Objetivo: Avaliar a necessidade dos cuidados paliativos enquanto política pública na região Norte do Brasil.
Casuística e método: O estudo consiste em uma revisão de literatura, na qual a temática foi mapeada na base de dados SCIELO e Academia Nacional de Cuidados Paliativos. Os critérios de inclusão foram o idioma em português e estudos realizados no período de 2019 a 2023. Os termos utilizados na pesquisa foram “cuidados paliativos”, “importância”, “influência” e “região Norte”.
Resultados e discussão: A relação médico-paciente foi afetada, o médico assumiu o lugar de detentor do saber, enquanto o paciente tornou-se coadjuvante de sua própria vida. Essa prática tem sido combatida através da inserção dos cuidados paliativos nas instituições médicas brasileiras. Nesse tipo de cuidado, a abordagem busca, sobretudo, a qualidade de vida e o alívio do sofrimento do paciente e da família. Para isso, cabe a equipe de saúde, a responsabilidade de informar o paciente acerca de seu diagnóstico, prognóstico e terapêutica indicada, tornando-o protagonista de sua própria história. Contudo, apesar de todos os benefícios do cuidado em questão, existem muitas dificuldades para sua implantação. Destacam-se a ausência de protocolos institucionais, falta de capacitação dos profissionais, resistência familiar, além da dificuldade em dialogar sobre o processo natural da morte. Na região Norte, especificamente, encontra-se a mais baixa distribuição de serviços paliativos, constituindo apenas 3,4% em relação ao Brasil. Quando analisamos leitos próprios para os cuidados paliativos, a região Norte conta com apenas 27, distribuídos entre os 7 estados. Observa-se, que, apesar da crescente demanda, sobretudo as relacionadas às doenças crônicas, a região ainda carece de políticas públicas que ofertem aos pacientes a possibilidade de serem coautores do seu plano de cuidados, através da abordagem e acompanhamento de uma equipe de cuidados paliativos .
Conclusão: conclui-se,então, que a instituição dos cuidados paliativos como política pública é substancial para o aumento da qualidade de vida dos pacientes hospitalizados e alívio do sofrimento de seus familiares. Portanto,mais capacitações devem ser ofertadas e novos protocolos devem ser estabelecidos, a fim de retomar a relação médico-paciente de forma saudável e qualitativa, mudando o panorama da região Norte frente ao cenário nacional.
É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".
Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.
Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.
Boa leitura!
A Comissão Científica
Comissão Organizadora
Dr. José Rufino Costa dos Santos - Presidente
Dr. Habib Fraiha Neto - Predidente de Honra
Dr. Pedro Celeste Noleto e Silva
Dr. Francisco Eratóstenes da Silva
Dr. Heryvelton Lima de Freittas
Dra. Brenda Faccio dos Santos
Dr. Otávio Guilhon
Dra. Ana Claudia Santana
Dr. Juciland de Sena Gama
Dr. José Mariano de Melo Cavaleiro de Macedo
Dr. José Roberto
Dra. Valéria Barbosa Pontes
Comissão Científica
Tereza Cristina de Brito Azevedo
Lauro José Barata de Lima
Dirceu Cavalcanti Rigoni
Luiz Felipe Santiago Bittencourt
Marianne Rodrigues Fernandes
Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza
Eric Homero Albuquerque Paschoal
Comissão Avaliadora
David José Oliveira Tozetto
Diana Albuquerque Sato
Dirceu Cavalcanti Rigoni
Eric Homero Albuquerque Paschoal
Janari da Silva Pedroso
Juliana de Araújo Borges Ferreira
Lauro José Barata de Lima
Luiz Felipe Santiago Bittencourt
Maria de Fátima Guimarães Couceiro
Marianne Rodrigues Fernandes
Tereza Cristina de Brito Azevedo
Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza