A IMPORTÂNCIA DA INSTITUIÇÃO DOS CUIDADOS PALIATIVOS COMO POLÍTICA PÚBLICA NA REGIÃO NORTE DO BRASIL

  • Autor
  • Ana Carolina Carvalho de Assunção
  • Co-autores
  • Patrícia Barbosa de Carvalho
  • Resumo
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    Introdução: Paliar significa “proteger” e deriva do latim “pallium”, termo utilizado para nomear o manto que os cavaleiros usavam para se proteger de grandes tempestades. Os cuidados paliativos envolvem equipes multidisciplinares que buscam amenizar a dor, diminuir o sofrimento e buscar, principalmente, uma maior qualidade de vida para o paciente e seus familiares, justificando assim, a sua importância enquanto política pública.

     

    Objetivo: Avaliar a necessidade dos cuidados paliativos enquanto política pública na região Norte do Brasil.

    Casuística e método: O estudo consiste em uma revisão de literatura, na qual a temática foi mapeada na base de dados SCIELO e Academia Nacional de Cuidados Paliativos. Os critérios de inclusão foram o idioma em português e estudos realizados no período de 2019 a 2023. Os termos utilizados na pesquisa foram “cuidados paliativos”, “importância”, “influência” e “região Norte”.

    Resultados e discussão: A relação médico-paciente foi afetada, o médico assumiu o lugar de detentor do saber, enquanto o paciente tornou-se coadjuvante de sua própria vida. Essa prática tem sido combatida através da inserção dos cuidados paliativos nas instituições médicas brasileiras. Nesse tipo de cuidado, a abordagem busca, sobretudo, a qualidade de vida e o alívio do sofrimento do paciente e da família. Para isso, cabe a equipe de saúde, a responsabilidade de informar o paciente acerca de seu diagnóstico, prognóstico e terapêutica indicada, tornando-o protagonista de sua própria história. Contudo, apesar de todos os benefícios do cuidado em questão, existem muitas dificuldades para sua implantação. Destacam-se a ausência de protocolos institucionais, falta de capacitação dos profissionais, resistência familiar, além da dificuldade em dialogar sobre o processo natural da morte. Na região Norte, especificamente, encontra-se a mais baixa distribuição de serviços paliativos, constituindo apenas 3,4% em relação ao Brasil. Quando analisamos leitos próprios para os cuidados paliativos, a região Norte conta com apenas 27, distribuídos entre os 7 estados. Observa-se, que, apesar da crescente demanda, sobretudo as relacionadas às doenças crônicas, a região ainda carece de políticas públicas que ofertem aos pacientes a possibilidade de serem coautores do seu plano de cuidados, através da abordagem e acompanhamento de uma equipe de cuidados paliativos .

    Conclusão: conclui-se,então, que a instituição dos cuidados paliativos como política pública é substancial para o aumento da qualidade de vida dos pacientes hospitalizados e alívio do sofrimento de seus familiares. Portanto,mais capacitações devem ser ofertadas e novos protocolos devem ser estabelecidos, a fim de retomar a relação médico-paciente de forma saudável e qualitativa, mudando o panorama da região Norte frente ao cenário nacional.

     

  • Palavras-chave
  • "Cuidados paliativos", "importância", "influência" e "região Norte"
  • Área Temática
  • Políticas Públicas em Saúde
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Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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