AVALIAÇÃO DA ASSISTÊNCIA AOS USUÁRIOS PÓS IMPLANTE COCLEAR EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE REFERÊNCIA NA REGIÃO NORTE, BRASIL

  • Autor
  • Kath Elizandra Bastos Silva
  • Co-autores
  • Isabelle Christine Vieira da Silva Martins , Christine Elizabeth Lobato Bemerguy , Ana Lúcia Brito de Souza , Bruna Claudia Meireles Khayat , Gilmar Wanzeller Siqueira , Denise da Silva Pinto
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO E OBJETIVO: No Pará existem 71.350 mil surdos com perda severa. Contudo, existe a possibilidade de tratamento por tecnologias auditivas, como o implante coclear (IC). Em um programa de IC é necessário acompanhamento de uma equipe multiprofissional no pós-operatório, para que assim haja as orientações adequadas; mapeamento apropriado e treinamento das habilidades auditivas. Portanto, este estudo pretendeu investigar a assistência aos usuários de implante coclear, de janeiro de 2011 a dezembro de 2021, em um hospital universitário referência na região Norte, Brasil. CASUÍSTICA E MÉTODO: Trata-se de um estudo quantitativo, observacional e retrospectivo por meio da análise de prontuários de pacientes que realizaram o implante coclear, atendidos no Centro de Referência em Implante Coclear no período de janeiro de 2011 a dezembro de 2021. Os dados coletados foram armazenados em planilhas do Microsoft Excel 2007® e interpretados e apresentados em forma de tabelas e gráficos. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o número CAAE: 61418922.9.0000.0017. RESULTADOS: Dos 87 prontuários, a média de idade foi de 46,9 anos, sendo 50,5% do gênero masculino. A maioria se autodeclarou raça/cor parda (85%) e com o primeiro grau completo (14,9%). Foram identificados no primeiro ano após implante coclear a realização de até 4 consultas com a equipe multiprofissional com uma frequência de 83,5%, sendo no segundo ano menos que 3 consultas com um percentual de 94,2%, no terceiro ano com menos de 2 consultas (90,4%) e a partir do 4 ano (69,1 %) não realizaram consultas. Quanto a frequência dos acompanhamentos das terapias fonoaudiológicas do primeiro ao quarto ano, observa-se um percentual de 45,9% que não realizaram terapia fonoaudiológica no primeiro ano pós implante coclear, no segundo ano com 67,8 % e no terceiro ano com a maior frequência de ausência de acompanhamento de terapia com 78,1%. DISCUSSÃO: Sabe-se que a ausência das avaliações periódicas conforme estabelecido nas diretrizes terapêuticas pode acarretar prejuízos ao sucesso do seu tratamento, como: má adaptação do aparelho, dificuldade nas habilidades de linguagem, no convívio social e familiar e falta de reavaliações de possíveis complicações. Alguns fatores podem levar a falha no acompanhamento, como a falta de registro em prontuários, falta de equipe, falta de melhor orientação do serviço ao usuário, falta de protocolos assistenciais dificuldade do usuário em se adaptar com a protese, problema em acessar o serviço para os acompanhamentos subsequentes, dificuldade socioeconomicas do usuário ou falta de busca ativa desses usuários pelo serviço. CONCLUSÃO: Verificou-se que não houve acompanhamento regular dos pacientes com a equipe multiprofissional. Esses achados podem contribuir para minimizar as barreiras e as limitações enfrentadas pelos usuários e gestores da rede.

  • Palavras-chave
  • Implante de Prótese Coclear, Sistema Único de Saúde, Assistência Ambulatorial.
  • Área Temática
  • Políticas Públicas em Saúde
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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Lauro José Barata de Lima

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Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza