AÇÃO DE MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS DE CRIANÇAS ASSISTIDAS EM UMA CRECHE NO MUNICÍPIO DE ABAETETUBA/PA

  • Autor
  • Breno Anderson Pereira Melo
  • Co-autores
  • Natalia Crhistian Trindade Pinheiro , Ana Lucia Barbosa Maia , Hugo Yutaka Suenaga , Jéssica Souto Pantoja
  • Resumo
  • O Brasil enfrenta desafios de saúde pública da rápida transição epidemiológica, devido a alta prevalência de doenças crônicas não transmissíveis. A obesidade infantil é alarmante, com 33,5% das crianças de 5 a 9 anos com sobrepeso e 14,3% obesas (IBGE, 2010), e a OMS projeta que até 2025, 70 milhões de crianças estarão obesas ou com sobrepeso (OMS, 2015). O objetivo o projeto é compreender os desvios nutricionais dos alunos em uma Creche no município de Abaetetuba/PA, baseado em medidas antropométricas das crianças atendidas. A coleta de dados ocorreu de fevereiro a maio de 2023, com a participação de 220 crianças distribuídas em berçário (30 crianças de 1 a 2 anos), Maternal I (100 crianças de 3 a 4 anos) e Maternal II (90 crianças de 4 a 5 anos). As medidas antropométricas das crianças de 3 e 4 anos foram realizadas seguindo normas técnicas da OMS, com estatura medida com fitas métricas corporais (Fitmetria®) e peso registrado em balanças eletrônicas de plataforma (Tanita UM-080®). Os escores-Z de peso/estatura e peso/idade foram calculados pelo programa WHO Anthro (2016) e analisados pelos acadêmicos em conjunto com uma nutricionista especializada em nutrição infantil. A ação de antropometria foi realizada em 28 crianças na creche em 12 de maio de 2023, representando 12,72% da amostra inicial do projeto. Para os 23 pré-escolares de 3 anos avaliados, o IMC variou de 13,36 a 19,70, com média de 15,23. Destes, 6 estavam eutróficos, 10 com sobrepeso e 7 com obesidade, representando 27,08%, 44,47% e 30,43% da amostra, respectivamente. Entre os 5 pré-escolares de 4 anos, o IMC variou de 18,75 a 20,61, com média de 19,61. Todos foram classificados com obesidade infantil, representando 100% da amostra. Os resultados da antropometria realizada em 28 crianças na creche apontam para uma preocupante prevalência de sobrepeso e obesidade, destacando um sério problema de saúde pública. Estudos enfatizam a gravidade da obesidade infantil, associando-a a condições como diabetes e hipertensão (OMS, 2016). A intervenção precoce, com ênfase em atividade física e dieta, é crucial para evitar complicações futuras. Além disso, os benefícios da atividade física regular são ressaltados, não só na saúde cardiovascular e metabólica, mas também no bem-estar psicológico e na qualidade de vida geral das crianças (Nunes et al., 2020). Dessa forma, os resultados indicam uma preocupante prevalência de desvios nutricionais. Cerca de 72,92% das crianças de 3 anos avaliadas estão fora dos padrões de normalidade para peso e estatura, enquanto todas as crianças de 4 anos foram classificadas com obesidade infantil. Portanto, o acompanhamento periódico do crescimento dessas crianças por meio de medidas antropométricas é essencial para avaliar e desenvolver políticas de intervenção nutricional, prevenindo que problemas de saúde infantil se tornem desafios ainda maiores de saúde pública no futuro.

  • Palavras-chave
  • Obesidade infantil , Antropometria, Intervenção nutricional
  • Área Temática
  • Políticas Públicas em Saúde
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

A Comissão Científica

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Dr. Habib Fraiha Neto - Predidente de Honra

 

Dr. Pedro Celeste Noleto e Silva

Dr. Francisco Eratóstenes da Silva

Dr. Heryvelton Lima de Freittas

Dra. Brenda Faccio dos Santos

Dr. Otávio Guilhon

Dra. Ana Claudia Santana

Dr. Juciland de Sena Gama

Dr. José Mariano de Melo Cavaleiro de Macedo

Dr. José Roberto

Dra. Valéria Barbosa Pontes

 

Comissão Científica

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Lauro José Barata de Lima

Dirceu Cavalcanti Rigoni

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Marianne Rodrigues Fernandes

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza

Eric Homero Albuquerque Paschoal

 

Comissão Avaliadora

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Diana Albuquerque Sato

Dirceu Cavalcanti Rigoni

Eric Homero Albuquerque Paschoal

Janari da Silva Pedroso

Juliana de Araújo Borges Ferreira

Lauro José Barata de Lima

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Maria de Fátima Guimarães Couceiro

Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza