Risco de lesões decorrentes do posicionamento cirúrgico em paciente submetida a cirurgia de grande porte: um relato de experiência.

Risco de lesões decorrentes do posicionamento cirúrgico em paciente submetida a cirurgia de grande porte: um relato de experiência.

• Autor
• Renata di karla Diniz aires
• Co-autores
• Thais da Silva Fonseca , Érico Monteiro do Santos , Francisco Antônio de Jesus Costa Silva. , Diego Melo Lima
• Resumo

• Introdução e objetivo:  O posicionamento cirúrgico deve ser um trabalho em equipe visando a individualização do cuidado, assegurando assistência de qualidade para minimizar complicações associadas à cirurgia e ao procedimento anestésico, especialmente em cirurgias de grande porte. São consideradas cirurgias de porte IV as que duram mais de 6 horas. Para minimizar os riscos de lesões, é fundamental usar superfícies de apoio e contenção adequadas, preservando a integridade da pele e reduzindo pressões nervosas, articulares e musculares. Superfícies de espuma ou algodão são menos eficazes, enquanto as de polímero viscoelástico são mais protetoras no período perioperatório. Este estudo objetiva relatar os cuidados para minimizar riscos de lesões devido ao posicionamento cirúrgico em uma paciente submetida a uma cirurgia de grande porte. Casuística e método: Trata-se de um relato de experiência sobre a assistência a uma paciente em uma cirurgia de grande porte, focando na minimização de riscos decorrentes do posicionamento cirúrgico, baseado na teoria e prática das equipes de enfermagem, anestesia e cirurgia buco-maxilo-facial de um hospital universitário. Foi acompanhada uma paciente feminina de 21 anos, com cisto odontogênico na mandíbula direita, em evolução há cerca de 2 anos e 5 meses. A paciente foi submetida a hemimandibulectomiadireita com reconstrução de prótese mandibular provisória de resina acrílica, sob anestesia geral e intubação nasotraqueal. O procedimento durou 08:50 horas, sendo caracterizado como cirurgia de porte IV. Resultados: A paciente foi posicionada em decúbito dorsal, com coxins na região cervical, punhos, joelhos e calcanhares, feitos com ataduras, compressas e tecidos de algodão. A cabeça foi estabilizada com ataduras e esparadrapo, e os quadris foram contidos com lençol e ataduras. Embora coxins de algodão não sejam os mais indicados, eles proporcionaram maior proteção que a ausência de apoio. Discussão:Lesões decorrente de posicionamento cirúrgico estão associadas ao tempo de intervenção, sendo frequentes áreas de pressão, escoriações, lesões, alopecia, úlceras por pressão e hematomas em procedimentos mais longos. A anestesia geral aumenta o risco devido à redução da sensibilidade e reatividade a dor e pressão. Procedimentos realizados com superfícies de apoio apropriadas promovem maior segurança, preservando a integridade da pele e reduzindo pressões nervosas, articulares e musculares. Conclusão: O estudo cumpriu seus objetivos ao relatar a experiência dos cuidados ofertados para reduzir os riscos de lesões perioperatórias decorrentes do posicionamento cirúrgico da paciente. A experiência ofereceu subsídios importantes para o planejamento de cuidados perioperatórios, demonstrando a importância de estratégias eficazes de posicionamento para evitar complicações.

• Palavras-chave
• Posicionamento do paciente, cirurgia, lesão
• Área Temática
• Inovações Tecnológicas em Saúde