Perfil epidemiológico da dengue no município de Parauapebas–PA entre os anos de 2017 a 2022

  • Autor
  • Leonardo Aguiar dos Santos
  • Co-autores
  • Arthur da Silva Medeiros de Farias , Bruna Costa de Souza , Claudia do Socorro Carvalho Miranda , Isabela Cristina Silva da Silva , Luídi Lobato Gonçalves , Bianca Rafaela Farias da Silva , Jenifer de Moura Peixoto , João Lucas Lalor Tavares , Nelson Veiga Gonçalves
  • Resumo
  • Introdução: A dengue é uma doença infecciosa transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e representa um importante problema de saúde pública em diversas regiões do mundo, incluindo o Estado do Pará. A ocorrência da dengue está associada a fatores demográficos e socioeconômicos, os quais influenciam diretamente na propagação e na gravidade da doença. O estudo desses fatores é fundamental para o desenvolvimento de estratégias eficazes de prevenção e de controle da doença. Neste contexto, o município de Parauapebas, que possui uma população de 267.836 pessoas, com uma área de 6885,794 km² e densidade demográfica de 38,90 hab/km², apresenta fatores de risco para a ocorrência da doença. Objetivo: Analisar o cenário epidemiológico dos casos de dengue no município de Parauapebas, no Estado do Pará, no período de 2017 a 2022. Método e Casuística: Trata-se de um estudo transversal e ecológico, a partir de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram incluídos dados relativos à faixa etária e raça/cor, além da densidade demográfica. Resultado: No período analisado, foi observado um aumento expressivo do número de casos de dengue ao longo do período de estudo, com um quantitativo de 4.806 casos, sendo que o ano de 2019 teve o maior número de casos (33,93%), seguido por 2022 (25,07%) e 2017 (22,99%). A maioria dos casos ocorreu na faixa etária de 20-39 anos (40,22%), seguido pelas faixas de 40-59 (16,33%) e 15-19 (12,46%). No que diz respeito à cor/raça, os casos de dengue prevaleceram em pessoas pardas (46,83%), apesar da predominância de registros sem informação (47,02%). Discussão: A partir dos dados analisados, pode-se inferir que a distribuição da doença não ocorreu de forma homogênea, sobretudo devido à dinâmica demográfica do município que apresentou um aumento de 73,11% da população de 2010 a 2022, decorrente de intensos fluxos migratórios. A observação da predominância de indivíduos na faixa de 20-39 anos sugere exposição relacionada a hábitos culturais e práticas laborais. O elevado número de casos de pessoas pardas é por conta de cerca de 80% da população da Amazônia se autodeclarar pertencente a esta etnia, que apresenta associação com fatores de riscos socioeconômicos, como acesso ao saneamento básico e medidas de prevenção da doença. Ademais, fatores como a ocupação desorganizada do espaço urbano e rural do município, decorrentes de incremento populacional observado na última década, contribuíram para o cenário epidemiológico da doença. Conclusão: Dado o exposto, foi observado que a dengue persiste de forma endêmica no município de Parauapebas, afetando a população local devido às suas características ambientais e demográficas. Assim, torna-se essencial a implementação de políticas para melhorar a saúde pública dos residentes, bem como realizar campanhas educativas sobre medidas de prevenção.

  • Palavras-chave
  • Dengue; Aedes aegypti; Saúde pública.
  • Área Temática
  • Epidemias Globais
Voltar

É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

A Comissão Científica

  • Telemedicina
  • Direito Médico
  • Medicina do Esporte
  • Políticas Públicas em Saúde
  • Gestão e Sustentabilidade em Saúde
  • Epidemias Globais
  • Inovações Tecnológicas em Saúde
  • Evolução dos Fármacos
  • Educação Financeira
  • Cooperativismo

Comissão Organizadora

Dr. José Rufino Costa dos Santos - Presidente

Dr. Habib Fraiha Neto - Predidente de Honra

 

Dr. Pedro Celeste Noleto e Silva

Dr. Francisco Eratóstenes da Silva

Dr. Heryvelton Lima de Freittas

Dra. Brenda Faccio dos Santos

Dr. Otávio Guilhon

Dra. Ana Claudia Santana

Dr. Juciland de Sena Gama

Dr. José Mariano de Melo Cavaleiro de Macedo

Dr. José Roberto

Dra. Valéria Barbosa Pontes

 

Comissão Científica

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Lauro José Barata de Lima

Dirceu Cavalcanti Rigoni

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Marianne Rodrigues Fernandes

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza

Eric Homero Albuquerque Paschoal

 

Comissão Avaliadora

David José Oliveira Tozetto 

Diana Albuquerque Sato

Dirceu Cavalcanti Rigoni

Eric Homero Albuquerque Paschoal

Janari da Silva Pedroso

Juliana de Araújo Borges Ferreira

Lauro José Barata de Lima

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Maria de Fátima Guimarães Couceiro

Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza