Análise da cobertura vacinal de sarampo e a prevalência das internações hospitalares, para essa doença, no período de 2012 a 2022, no Pará

  • Autor
  • Iris da Silva Barros
  • Co-autores
  • Emerson André Negrão do Nascimento , Annita Bélit Queiros Nunes da Silva , Lucas Guimarães Dias , Gabriel Jersemi Rodrigues Costa , Edie Helion de Souza Silva , Waltair Maria Martins Pereira
  • Resumo
  • Introdução/Objetivo: As vacinas são grandes aliadas da população no combate a doenças imunopreviníveis, dentre elas destacam-se as vacinas contra rubéola, caxumba, varicela e sarampo (Tetraviral). O sarampo é uma doença infecciosa grave causada por vírus, que infecta o trato respiratório e se dissemina pelo corpo. Essa vacina obteve importante impacto no controle das doenças, principalmente quando as coberturas vacinais alcançaram mais de 90% da população estimada. Este estudo tem como objetivo analisar a relação entre a cobertura vacinal de Sarampo e os casos de internações pela doença no Estado do Pará no período de 2012 a 2022.Casuística/Método: Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo de abordagem transversal. Os dados utilizados foram capturados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) nas seções de “Morbidade Hospitalar do SUS” e em “Imunizações desde 1994”, no período de 2012 a 2022. As variáveis analisadas foram raça/cor da pele, sexo e faixa etária. Resultados: No período analisado (2012 a 2022), o número de internações por sarampo foi de 327, sendo 53,21% (174/327) do sexo masculino e 46,78%(153/327) do sexo feminino. Ademais, entre os que foram informados sobre raça/cor da pele, prevaleceram em maioria os pardos (113) e na faixa etária dos menores de 1 ano, com 33,3% (109/327). A maior frequência das internações ocorreu em 2020, com 80,42% (263/327), seguido de 2019 com 9,78% (32/327) e 2018 com 4,89% (16/327). Em relação à vacinação, o período de maior cobertura foi 2016 (62,39%), seguido por 2019 (59,90%) e 2014 (57,71%), todos com coberturas insuficientes para o controle da doença. Discussão: Entre 2012 e 2022, o número de internações foi expressivo para o Pará, visto que o sarampo é uma doença imunoprevinível e segundo a Organização Mundial da Saúde, havia sido eliminado das Américas no ano de 2016. O Brasil perdeu esse status três anos depois, pela reintrodução do vírus no país, devidos às baixas coberturas vacinais nos municípios. Vê-se que no ano de 2016 houve apenas 2 internações, porém, com a reintrodução do vírus em 2019, ocorreu aumento no número das internações em 2020, sendo este ano o de maior número de internações, neste período estudado. O gênero masculino, de cor da pele parda e menores de 1 ano, foram os mais frequentes no número de internações. Correlacionando com a cobertura vacinal, ela se mostrou abaixo do preconizado pelo Ministério da Saúde, que é de no mínimo 95%, para o controle da doença e a redução no número de internações pela patologia. Conclusão: O Pará apresentou baixa cobertura vacinal, principalmente nos menores de 1 ano, que é a população mais suscetíveis para apresentar as complicações do sarampo, e que demandam a necessidade de tratamento em ambiente hospitalar. Estudos como este, explorando a situação vacinal da Região, são imprescindíveis para dar visibilidade da situação epidemiológica sobre a doença e proporcionar mobilização de medidas efetivas de controle. 

  • Palavras-chave
  • Sarampo, Cobertura vacinal, Epidemiologia.
  • Área Temática
  • Epidemias Globais
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