Introdução/Objetivo: As vacinas são grandes aliadas da população no combate a doenças imunopreviníveis, dentre elas destacam-se as vacinas contra rubéola, caxumba, varicela e sarampo (Tetraviral). O sarampo é uma doença infecciosa grave causada por vírus, que infecta o trato respiratório e se dissemina pelo corpo. Essa vacina obteve importante impacto no controle das doenças, principalmente quando as coberturas vacinais alcançaram mais de 90% da população estimada. Este estudo tem como objetivo analisar a relação entre a cobertura vacinal de Sarampo e os casos de internações pela doença no Estado do Pará no período de 2012 a 2022.Casuística/Método: Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo de abordagem transversal. Os dados utilizados foram capturados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) nas seções de “Morbidade Hospitalar do SUS” e em “Imunizações desde 1994”, no período de 2012 a 2022. As variáveis analisadas foram raça/cor da pele, sexo e faixa etária. Resultados: No período analisado (2012 a 2022), o número de internações por sarampo foi de 327, sendo 53,21% (174/327) do sexo masculino e 46,78%(153/327) do sexo feminino. Ademais, entre os que foram informados sobre raça/cor da pele, prevaleceram em maioria os pardos (113) e na faixa etária dos menores de 1 ano, com 33,3% (109/327). A maior frequência das internações ocorreu em 2020, com 80,42% (263/327), seguido de 2019 com 9,78% (32/327) e 2018 com 4,89% (16/327). Em relação à vacinação, o período de maior cobertura foi 2016 (62,39%), seguido por 2019 (59,90%) e 2014 (57,71%), todos com coberturas insuficientes para o controle da doença. Discussão: Entre 2012 e 2022, o número de internações foi expressivo para o Pará, visto que o sarampo é uma doença imunoprevinível e segundo a Organização Mundial da Saúde, havia sido eliminado das Américas no ano de 2016. O Brasil perdeu esse status três anos depois, pela reintrodução do vírus no país, devidos às baixas coberturas vacinais nos municípios. Vê-se que no ano de 2016 houve apenas 2 internações, porém, com a reintrodução do vírus em 2019, ocorreu aumento no número das internações em 2020, sendo este ano o de maior número de internações, neste período estudado. O gênero masculino, de cor da pele parda e menores de 1 ano, foram os mais frequentes no número de internações. Correlacionando com a cobertura vacinal, ela se mostrou abaixo do preconizado pelo Ministério da Saúde, que é de no mínimo 95%, para o controle da doença e a redução no número de internações pela patologia. Conclusão: O Pará apresentou baixa cobertura vacinal, principalmente nos menores de 1 ano, que é a população mais suscetíveis para apresentar as complicações do sarampo, e que demandam a necessidade de tratamento em ambiente hospitalar. Estudos como este, explorando a situação vacinal da Região, são imprescindíveis para dar visibilidade da situação epidemiológica sobre a doença e proporcionar mobilização de medidas efetivas de controle.
É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".
Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.
Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.
Boa leitura!
A Comissão Científica
Comissão Organizadora
Dr. José Rufino Costa dos Santos - Presidente
Dr. Habib Fraiha Neto - Predidente de Honra
Dr. Pedro Celeste Noleto e Silva
Dr. Francisco Eratóstenes da Silva
Dr. Heryvelton Lima de Freittas
Dra. Brenda Faccio dos Santos
Dr. Otávio Guilhon
Dra. Ana Claudia Santana
Dr. Juciland de Sena Gama
Dr. José Mariano de Melo Cavaleiro de Macedo
Dr. José Roberto
Dra. Valéria Barbosa Pontes
Comissão Científica
Tereza Cristina de Brito Azevedo
Lauro José Barata de Lima
Dirceu Cavalcanti Rigoni
Luiz Felipe Santiago Bittencourt
Marianne Rodrigues Fernandes
Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza
Eric Homero Albuquerque Paschoal
Comissão Avaliadora
David José Oliveira Tozetto
Diana Albuquerque Sato
Dirceu Cavalcanti Rigoni
Eric Homero Albuquerque Paschoal
Janari da Silva Pedroso
Juliana de Araújo Borges Ferreira
Lauro José Barata de Lima
Luiz Felipe Santiago Bittencourt
Maria de Fátima Guimarães Couceiro
Marianne Rodrigues Fernandes
Tereza Cristina de Brito Azevedo
Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza