Políticas de Saúde Mental na Amazônica: Desafios da saúde mental nas comunidades indígenas amazônicas

  • Autor
  • Khaelson Andrey Barroso Moura
  • Co-autores
  • José Nazareno Cunha Negrão , Selma Kazumi da Trindade Noguchi , Hugo Coimbra de Oliveira , Stellanny Cilene Rodrigues Castro , Isadora Helena Freitas da Silva , Julle Kele Pereira Gonçalves , João Vitor dos Santos Benjamin , Zildivan Rocha do Nascimento Araujo
  • Resumo
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    Introdução e Objetivo: As políticas de saúde mental na Amazônia devem ser articuladas para abarcar as múltiplas particularidades dos povos indígenas, pois seus aspectos culturais e sociais devem ser levados em consideração para uma conduta terapêutica eficiente que vise a redução do sofrimento psicossocial, sendo a equidade a principal ferramenta na abordagem em saúde mental. O objetivo da pesquisa foi realizar uma revisão integrativa investigando os desafios e estratégias para a implementação de políticas de saúde mental em comunidades indígenas da Amazônia. Casuística e Método: Fez-se a seleção dos artigos pela base de dados: Pubmed e Google Scholar, com os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) usando-se os termos: “Saúde Mental”, “Políticas Públicas” e “Povos Indígenas”. Como critérios de inclusão, admitiram-se artigos em português, publicados nos últimos 10 anos e com acesso gratuito. Artigos em língua estrangeira foram o critério de exclusão. Dos artigos inclusos, selecionaram-se os 5 mais relevantes para descrever a temática. Resultados: As pesquisas revelaram que a dificuldade de acesso à saúde mental dos indígenas é nítida diante das ameaças ao seu cenário cultural e da ineficaz estratégia de saúde pública. Os prejuízos incluem tristeza, depressão, estresse, ansiedade, medo e ideação suicida, estando ligados a grandes projetos que levam à expropriação de terras indígenas e agravados pela falta de infraestrutura de comunicação, desconhecimento dos saberes tradicionais e falta de treinamento dos profissionais de saúde. Discussão: Para MOTA, Natália Scigliano et al., os povos indígenas são mais expostos a fatores de risco psicossociais do que não indígenas, que corrobora a pesquisa de DOS SANTOS DE ARAÚJO, L. L. et al., que considera o investimento em políticas públicas de saúde, visando a saúde mental de comunidades indígenas, um fator de prevenção aos agravos psicossociais. FREITAS, Fernanda Pereira de Paula et al., citam a falta de conteúdos sobre a saúde indígena nas grades curriculares do curso de medicina. LOPES, Danilo Cleiton et al, o essencial à capacitação profissional é a aprendizagem e a construção de conhecimentos tradicionais indígenas, para a formação de profissionais não indígenas, também preconizado por WAYHS, Ana Clara Dorneles et al. que entendem que o profissional tenha um olhar acolhedor sobre o sofrimento psíquico, valorizando a interculturalidade e a necessidade de cuidados específicos conforme os costumes e crenças de cada etnia. Conclusão: O estudo revelou que as políticas de saúde mental em comunidades indígenas da Amazônia ainda são deficientes e sofrem desafios significativos, sobretudo na adequação cultural. A vulnerabilidade a fatores de risco psicossociais demanda políticas preventivas e capacitação de profissionais de saúde, que primem pelos conhecimentos tradicionais indígenas, sendo a abordagem intercultural essencial para uma assistência eficaz e equitativa a promover o bem-estar dessas populações.

     

  • Palavras-chave
  • Saúde Mental, Políticas Públicas, Comunidades Indígenas
  • Área Temática
  • Políticas Públicas em Saúde
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

A Comissão Científica

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Dr. José Roberto

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Comissão Científica

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Lauro José Barata de Lima

Dirceu Cavalcanti Rigoni

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

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Dirceu Cavalcanti Rigoni

Eric Homero Albuquerque Paschoal

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Juliana de Araújo Borges Ferreira

Lauro José Barata de Lima

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Maria de Fátima Guimarães Couceiro

Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza