ACESSO AO PROGRAMA DE IMPLANTE COCLEAR DE UM CENTRO DE REFERÊNCIA: ANÁLISE A PARTIR DO PERFIL CLINICO-EPIDEMIOLÓGICO

  • Autor
  • JUSSANDRA CARDOSO RODRIGUES
  • Co-autores
  • Fabíola Vasconcelos da Silva Rodrigues , Cecília Leite Gomes , Karlla Lorenna dos Santos Anjos , Gisele Vieira Hennemann Koury
  • Resumo
  •  

    Introdução e Objetivos: A deficiência auditiva prejudica a comunicação e a cognição. Os prejuízos podem ser minimizados com o diagnóstico precoce da perda auditiva, reduzindo o tempo de privação auditiva e melhorando a habilitação e reabilitação auditiva. Na região Norte temos muitos desafios para o diagnóstico e a reabilitação precoces. Há escassez de literatura na área, dificultando ações assertivas para este grupo. Este estudo visa identificar o perfil clínico- epidemiológico e indicadores de qualidade em um programa de habilitação e reabilitação auditiva com implante coclear no estado do Pará. Casuística e Método: Estudo retrospectivo, observacional, longitudinal e quantitativo, com dados obtidos a partir dos prontuários do ambulatório de Implante Coclear de um hospital universitário. A coleta foi realizada mediante protocolo de pesquisa específico, contemplando dados epidemiológicos (gênero, procedência, idade do primeiro atendimento e da realização do implante) e clínicos (etiologia e indicadores de qualidade como a taxa de preenchimento da história clínica dos pacientes, de complicações cirúrgicas e o tempo de espera decorrido entre a primeira consulta e a cirurgia). Resultados: Foram levantados 160 prontuários de pacientes que realizaram a cirurgia entre 2010 e 2020. Destes, 156 estavam de acordo com os critérios de inclusão. Houve predominância do gênero feminino (53%) e de moradores da região metropolitana de Belém. A idade dos pacientes variou entre 2 meses e 71 anos. O paciente implantado com menor idade tinha 1 ano e o mais velho 73 anos. A etiologia idiopática foi a causa mais prevalente de perda auditiva. 53% dos pacientes são procedentes da Região Metropolitana de Belém, com menos de 10% provenientes de outros Estados. O tempo de espera do atendimento até a cirurgia foi em média de um ano. Houve uma predominância de pacientes que implantaram na faixa etária de 20 a 60 anos incompletos (46%). O tempo de espera do atendimento até a cirurgia foi em média de um ano. Discussão: A demora na obtenção de consultas com os especialistas e o longo intervalo entre a primeira avaliação e a cirurgia, impactando na melhora da audição e da comunicação são alguns dos principais obstáculos enfrentados pelos pacientes do programa.  Apenas a cirurgia não é capaz de promover o desenvolvimento adequado destas habilidades, necessitando que o tempo de intervenção seja adequado e que, sobretudo haja um plano de acesso para crianças, grupo mais vulnerável aos impactos da perda auditiva não re(h)abilitada. Conclusão: O adequado conhecimento do perfil e dos indicadores de qualidade do programa de implante coclear pode auxiliar na melhoria da assistência à saúde de pessoas portadoras de perda auditivas profundas, permitindo mobilizar tantos os profissionais de saúde envolvidos quanto a gestão pública na procura de soluções proativas que levem a melhores resultados nesta população.

     

  • Palavras-chave
  • Perda auditiva, Implante Coclear, Reabilitação Auditiva.
  • Área Temática
  • Gestão e Sustentabilidade em Saúde
Voltar

É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

A Comissão Científica

  • Telemedicina
  • Direito Médico
  • Medicina do Esporte
  • Políticas Públicas em Saúde
  • Gestão e Sustentabilidade em Saúde
  • Epidemias Globais
  • Inovações Tecnológicas em Saúde
  • Evolução dos Fármacos
  • Educação Financeira
  • Cooperativismo

Comissão Organizadora

Dr. José Rufino Costa dos Santos - Presidente

Dr. Habib Fraiha Neto - Predidente de Honra

 

Dr. Pedro Celeste Noleto e Silva

Dr. Francisco Eratóstenes da Silva

Dr. Heryvelton Lima de Freittas

Dra. Brenda Faccio dos Santos

Dr. Otávio Guilhon

Dra. Ana Claudia Santana

Dr. Juciland de Sena Gama

Dr. José Mariano de Melo Cavaleiro de Macedo

Dr. José Roberto

Dra. Valéria Barbosa Pontes

 

Comissão Científica

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Lauro José Barata de Lima

Dirceu Cavalcanti Rigoni

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Marianne Rodrigues Fernandes

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza

Eric Homero Albuquerque Paschoal

 

Comissão Avaliadora

David José Oliveira Tozetto 

Diana Albuquerque Sato

Dirceu Cavalcanti Rigoni

Eric Homero Albuquerque Paschoal

Janari da Silva Pedroso

Juliana de Araújo Borges Ferreira

Lauro José Barata de Lima

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Maria de Fátima Guimarães Couceiro

Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza