Perfil epidemiológico dos casos notificados/diagnosticados de sífilis no estado do Pará entre os anos de 2019 e 2023

  • Autor
  • Marcus Paulo Oliveira Lopes
  • Co-autores
  • Luís Arthur Moreira Ferreira , Filipe Rabelo Rodrigues
  • Resumo
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    Introdução e objetivo: A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidumA sífilis em gestantes apresenta risco significativo de transmissão vertical e complicações obstétricas, como aborto espontâneo, natimorto e parto prematuro. A sífilis congênita ocorre quando a bactéria é transmitida da mãe infectada para o feto durante a gravidez, resultando em problemas de saúde graves para o recém-nascido, como deformidades ósseas, surdez e problemas neurológicos. No Pará, a sífilis representa um desafio importante à saúde pública. O objetivo do estudo é avaliar o perfil epidemiológico dos casos de sífilis no estado do Pará entre 2019 e 2023. Casuística e método: Trata-se de um estudo transversal descritivo, com abordagem quantitativa. Foram analisados dados secundários de casos notificados e diagnosticados coletados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) entre 2019 e 2023. As variáveis analisadas incluíram sexo, etnia e escolaridade na sífilis adquirida; classificação clínica da doença e faixa etária na sífilis em gestantes; e realização do pré-natal e período de infecção da mãe na sífilis congênita. Resultados: Entre 2019 e 2023, foram registrados 32.536 casos de sífilis, dos quais 15.318 eram sífilis adquirida (47,08%), 4.587 sífilis congênita e 12.631 sífilis em gestantes. Na sífilis adquirida, houve predominância de casos no sexo masculino (9.042 casos, 59,02%) em comparação ao sexo feminino (6.250 casos, 40,8%). A etnia parda foi a mais afetada, com 11.952 notificações (78,02%). Em relação à escolaridade, 12.224 casos ocorreram em pessoas analfabetas (79,8%). Na sífilis em gestantes, a maioria dos casos foi de sífilis primária (5.271), seguida por sífilis latente (2.018). A faixa etária predominante das gestantes com sífilis foi de 20-39 anos, com 8.895 registros. Na sífilis congênita, 551 casos foram de filhos de mães sem pré-natal, e 2.103 casos resultaram de contaminação durante o pré-natal. Discussão: A sífilis continua sendo um grave problema de saúde pública no Brasil. A alta porcentagem de notificações de sífilis adquirida em homens sexualmente ativos está associada à falta de educação em saúde e ao desconhecimento sobre o uso correto de preservativos. A predominância da faixa etária de 20-39 anos na sífilis em gestantes e a falta de pré-natal em muitos casos de sífilis congênita indicam dificuldades no acesso aos serviços de saúde e condições de risco social. Conclusão: A sífilis congênita é particularmente preocupante devido à transmissão vertical e às graves repercussões para mãe e filho quando há ausência ou atraso no pré-natal. A educação em saúde é essencial para grupos de risco, especialmente homens analfabetos, que são os mais afetados pela sífilis adquirida.

     

  • Palavras-chave
  • Sífilis, epidemiologia, infecção sexualmente transmissível
  • Área Temática
  • Epidemias Globais
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Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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