O USO DO SIMULADOR DE EQUITAÇÃO NO TRATAMENTO DE PARALISIA CEREBRAL INFANTIL

O USO DO SIMULADOR DE EQUITAÇÃO NO TRATAMENTO DE PARALISIA CEREBRAL INFANTIL

• Autor
• Anna Paula nascimento Sousa
• Co-autores
• Raíssa Ferreira Cândido Godoi , Brenda Guimarães Lisboa Martins , Pamela Figueiredo de Figueiredo
• Resumo

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  Introdução e objetivo:A Paralisia Cerebral (PC) é um conjunto de distúrbios duradouros que afetam o desenvolvimento motor e postural, resultando em limitações de atividade.Esses distúrbios resultam de lesões cerebrais que podem acarretar problemas sensoriais, cognitivos e musculoesqueléticos. Como forma de tratamento da paralisia cerebral infantil pode-se utilizar a equoterapia, fazendo uso do movimento tridimensional do animal, gerando estímulos motores e sensoriais, sob supervisão de um fisioterapeuta qualificado na área.No entanto, pensando na maior viabilidade de se obter esses estímulos em um ambiente controlado, foi estudado a eficácia do simulador de equitação (SDE),que é um dispositivo robótico que produz movimentos semelhantes a um cavalo real visando simular a equoterapia.O objetivo é avaliar a eficácia do uso do simulador de equitação no tratamento de paralisia cerebral infantil.Casuística e Método:Essa pesquisa refere-se a uma revisão narrativa,em que se realizou análise nas bases de dados Pubmed,BVS e ScienceDirection, como descritores (hippotherapy Horse simulator e Cerebral Palsy),em português e inglês, entre os anos de 2014 a 2024.Resultados: Foram recuperados 35 estudos e selecionados para a produção 12 artigos publicados, os quais se enquadram nos critérios de inclusão, sendo esses estudos de ensaio clínico e revisões de literatura, que compararam os efeitos da reabilitação somente com a equoterapia ou com o simulador. Os mesmo apontaram indícios que ambos resultam em melhoras dos sintomas da PC Discussão: Diante dos artigos analisados, o uso do simulador de equitação trouxe melhora significativa no equilíbrio estático e dinâmico dos pacientes, devido ao movimento rítmico, velocidade e as variações que podem facilitar as ações de endireitamento, essas facilitações promovem a co-contração muscular e o equilíbrio postural, resultando em melhorias na função motora grossa de crianças com paralisia cerebral (PC). Ademais, a literatura demonstrou que a postura na equoterapia proporciona um alongamento do músculo adutor, extensão ativa do tronco, estabilização da pelve e abdução, que induzem a diminuição do tônus muscular e espasticidade nos praticantes, além do aumento da amplitude de movimento de abdução do quadril. Os estudos constataram que o SDE vem como alternativa acessível no ambiente clínico, apesar de não substituir a experiência real.Conclusão: Dessa forma o SDE tem sido eficaz para o tratamento da PC melhorando equilíbrio coordenação e a postura, contribuindo para o desenvolvimento de habilidades motoras, sensoriais e perceptuais das crianças.Este apresenta consideráveis benefícios, ao não ter limitação de espaço para aplicação,ser de fácil manuseio, ter menor preço e não ser afetado pelas condições climáticas locais. Porém, tal tecnologia, apesar dos ganhos motores, não substitui a interação biopsicossocial proporcionada pelo animal, sendo uma modalidade terapêutica eficaz, mas com uma diferente proposta terapêutica.

   
• Palavras-chave
• Paralisia cerebral, Criança, Equoterapia, Tecnologia
• Área Temática
• Inovações Tecnológicas em Saúde