Introdução e Objetivo: O aleitamento materno (AM) é uma estratégia natural essencial para o vínculo, afeto, proteção e nutrição da criança, sendo a intervenção mais econômica e eficaz para reduzir a morbimortalidade infantil. Ademais, é uma importante prática para se alcançar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, da Agenda 2030, vinculando-se à boa nutrição, à segurança alimentar e à redução de desigualdades. Nesse sentido, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda iniciar a amamentação nos primeiros 60 minutos de vida, manter o aleitamento materno como forma exclusiva de alimentação até os seis meses de idade e, de maneira completar, até os dois anos. O objetivo deste estudo é analisar a tendência dos indicadores de aleitamento materno no Brasil entre 2006 e 2019, comparando-os com as metas da OMS para 2030. Casuística e Método: O estudo teve caráter transversal, descritivo e quantitativo. Os dados foram obtidos de duas pesquisas nacionais que incluíram indicadores relacionados ao aleitamento materno (AM) entre menores de 5 anos: Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Mulher e da Criança (PNDS-1996) e Pesquisa Nacional de Nutrição Infantil (ENANI-2019). As variáveis analisadas foram: aleitamento materno exclusivo (AME) em menores de 6 meses; amamentação na primeira hora de vida e amamentação continuada (AC) até 24 meses. Resultados: No Brasil, a taxa de amamentação na primeira hora de vida aumentou de 42,9% em 2006 para 62,4% em 2019. Paralelamente, a porcentagem de AME em menores de 6 meses registrou um incremento de 38,6% para 45,8% durante o mesmo período. Quanto à prevalência de AC aos 24 meses, a taxa foi de 24,8% para 35,5%, respectivamente, em 2006 e 2019. Em relação as metas da OMS para 2030, para atingir a meta de 70% de AME nos primeiros seis meses e 60% de AC aos dois anos, será preciso aumentar anualmente 2,2 pontos percentuais a partir de 2019. Já para alcançar 70% de amamentação na primeira hora de vida, o aumento necessário é menor, de 0,69 pontos percentuais anualmente a partir do mesmo ano. Discussão: A tendência crescente dos indicadores de AM ao longo dos últimos anos pode ser explicada em parte pela intensificação de políticas públicas em âmbito nacional. Assim, a Política Nacional de Promoção, Proteção e Apoio ao Aleitamento Materno enfatiza seis estratégias centrais, a exemplo da iniciativa Hospital Amigo da Criança, Rede Amamenta Brasil, Monitoramento dos Indicadores de Aleitamento Materno, Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano e a Mobilização Social e Proteção Legal ao AM. Conclusão: Constatou-se que, apesar da tendência ascendente nos indicadores de AM, as porcentagens ainda estão aquém das metas para 2030, o que suscita a aceleração das taxas de crescimento. Por isso, faz-se necessário o recrudescimento de políticas públicas em prol da promoção, do apoio e do incentivo à amamentação para se atingir oportunamente as metas 2030.
É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".
Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.
Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.
Boa leitura!
A Comissão Científica
Comissão Organizadora
Dr. José Rufino Costa dos Santos - Presidente
Dr. Habib Fraiha Neto - Predidente de Honra
Dr. Pedro Celeste Noleto e Silva
Dr. Francisco Eratóstenes da Silva
Dr. Heryvelton Lima de Freittas
Dra. Brenda Faccio dos Santos
Dr. Otávio Guilhon
Dra. Ana Claudia Santana
Dr. Juciland de Sena Gama
Dr. José Mariano de Melo Cavaleiro de Macedo
Dr. José Roberto
Dra. Valéria Barbosa Pontes
Comissão Científica
Tereza Cristina de Brito Azevedo
Lauro José Barata de Lima
Dirceu Cavalcanti Rigoni
Luiz Felipe Santiago Bittencourt
Marianne Rodrigues Fernandes
Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza
Eric Homero Albuquerque Paschoal
Comissão Avaliadora
David José Oliveira Tozetto
Diana Albuquerque Sato
Dirceu Cavalcanti Rigoni
Eric Homero Albuquerque Paschoal
Janari da Silva Pedroso
Juliana de Araújo Borges Ferreira
Lauro José Barata de Lima
Luiz Felipe Santiago Bittencourt
Maria de Fátima Guimarães Couceiro
Marianne Rodrigues Fernandes
Tereza Cristina de Brito Azevedo
Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza