ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE MENINGITE MENINGOCÓCICA NO MUNICÍPIO DE BELÉM-PARÁ ENTRE OS ANOS DE 2019 E 2023.

  • Autor
  • Dilson Raimundo Gomes Pinheiro Neto
  • Co-autores
  • Gabriela de Lima Melo , Márcia Mayanne Almeida Bezerra , Francisco Cleiton de Queiroz Batista , Ícaro Natan da Silva Moraes , Paulo Afonso Oliveira Gomes , Débora Evelyn Ferreira Silva , Maria Clara Coelho Monteiro , Rita de Cássia Souza Pinheiro , Clebson Pantoja Pimentel
  • Resumo
  • Introdução e Objetivo: A meningite meningocócica é uma inflamação nas membranas que envolvem o encéfalo e a medula espinhal (meninges). A doença é responsável por milhares de mortes ao redor do mundo, sendo motivo de inúmeras epidemias, tendo como agente etiológico a bactéria Neisseria meningitidis, da família Neissereaceae. O objetivo do estudo é traçar o perfil epidemiológico da meningite meningocócica no município de Belém, no Estado do Pará, entre os anos de 2019 e 2023. Casuística e Método: O estudo teve caráter transversal, descritivo e quantitativo. Os dados foram obtidos pelo Sistema de Informação de Agravos (SINAN), disponível no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). As variáveis analisadas foram: sexo, idade, etnia e evolução. Resultados: No período analisado, foram registrados 44 casos de meningite meningocócica em Belém, sendo 24 (54,55%) em 2019, 6 (13,64%) em 2020, 1 (2,27%) em 2021, 4 (9,09%) em 2022 e 9 (20,45%) em 2023. Desses casos, 26 (59,09%) foram do sexo masculino e 14 (40,91%) do sexo feminino. A faixa etária de maior predomínio foi de 20 a 39 anos, responsável por 31,81% das notificações, seguida pela faixa de 5 a 9 anos de idade, sendo 20,45% dos casos. As etnias mais afetadas foram a parda (97,73%), seguida pela branca (2,27%), e sem demais etnias acometidas no intervalo de tempo analisado. Em relação à evolução, 4,54% dos pacientes vieram a óbito por meningite e 93,18% receberam alta. Discussão: Os dados revelam tendências notáveis na incidência de meningite meningocócica em Belém, no intervalo de 5 anos. A variação anual dos casos mostra um decréscimo significativo de 2019 para 2020, com uma redução de 75% das notificações pela doença, tal fato pode estar relacionado com as subnotificações que ocorreram no período da pandemia da COVID-19, entre outros fatores, como melhora das condições diagnósticas e terapêuticas. No entanto, a partir do ano de 2022, houve um acréscimo anual do número de casos, o que justifica a importância de investigar a epidemiologia da doença, a fim da melhora do prognóstico dos pacientes acometidos pela meningite. Ademais, a predominância do sexo masculino sugere que fatores biológicos, comportamentais ou socioeconômicos podem influenciar a suscetibilidade à doença. Conclusão: Portanto, é crucial uma investigação sobre o aumento do número de notificações de meningite meningocócica em Belém, como possível resultado de mudanças nas cepas bacterianas, diminuição da imunidade coletiva ou por consequência indireta da pandemia, em que os programas de saúde preventiva podem ter sido afetados temporariamente. Dessa forma, a análise dos dados epidemiológicos pode fornecer insights para as políticas de saúde pública serem mais eficazes, a partir da identificação de grupos de maior risco, a fim de permitir o direcionamento de recursos para as campanhas de vacinação e educação em saúde, voltados para cada faixa etária, e, consequentemente, reduzir o número de óbitos pela doença.

  • Palavras-chave
  • Meningite meningocócica; epidemiologia; epidemias globais.
  • Área Temática
  • Epidemias Globais
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

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Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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Comissão Científica

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Dirceu Cavalcanti Rigoni

Eric Homero Albuquerque Paschoal

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Juliana de Araújo Borges Ferreira

Lauro José Barata de Lima

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Maria de Fátima Guimarães Couceiro

Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza