Uma Análise da Incidência de AIDS na Região Metropolitana de Belém entre 2019-2023 Quanto ao Condicionante de Gênero

  • Autor
  • Guilherme Berger da Silva
  • Co-autores
  • Luídi Lobato Gonçalves , Isabela Cristina Silva da Silva
  • Resumo
  •  

    Instituição: Universidade do Estado do Pará. 

    Introdução: A AIDS é a fase mais avançada da infecção pelo HIV, que ataca e enfraquece o sistema imunológico, aumentando a vulnerabilidade a doenças como tuberculose e certos tipos de câncer. Por possuir caráter venéreo, é de suma importância o comportamento sexual, que tem impacto direto na incidência, e é influenciado pelo gênero. Objetivo: Analisar as diferenças que tangem o fator do gênero nas pessoas infectadas por HIV sob os diagnóstico e notificação na região metropolitana de Belém de 2019 a 2023 presentes no estudo. Método e CasuísticaTrata-se de um estudo descritivo e transversal, a partir de dados do MS/SVSA/Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi). Foi-se baseado nos dados: sexo, ano e exposição do número de casos por variável. Resultados: A distribuição dos casos por gênero mostra uma predominância masculina, com 3.117 casos em homens contra 1.260 em mulheres, e a parcela masculina de infectados correspondeu a mais que o dobro da parcela feminina em todos os anos analisados. Discussão: A diferenciação sexual na contaminação por AIDS é um tema que merece uma análise crítica profunda, considerando as nuances biológicas, comportamentais e socioculturais que influenciam a vulnerabilidade ao HIV. A prevalência do HIV/AIDS entre homens e mulheres não pode ser atribuída a um único fator, mas sim a uma confluência de elementos que interagem de maneira complexa. Biologicamente, as mulheres estão em maior risco de contrair o HIV durante relações sexuais heterossexuais desprotegidas, devido a uma área de exposição mucosa maior e a possibilidade de microlesões durante o ato sexual. Além disso, a presença de outras ISTs pode aumentar significativamente o risco de transmissão do HIV, e as mulheres têm uma tendência maior a um diagnóstico tardio de ISTs, a manifestação lesiva de início interno, que atrasa a auto suspeita, e o estigma na procura por testagem ou tratamento. Nesse sentido, do ponto de vista sociocultural, o estigma associado ao HIV/AIDS pode ter um impacto desproporcional sobre as mulheres, especialmente aquelas que pertencem a grupos marginalizados, como profissionais do sexo e usuárias de drogas. Quantos aos homens, a masculinidade hegemônica pode desencorajar a procura por serviços de saúde e adoção de comportamentos preventivos, associando erroneamente tais práticas à fraqueza. Isso pode resultar em diagnósticos tardios e em uma maior disseminação do vírus entre seus parceiros, junto de uma maior expressividade de subnotificação. Conclusão: A análise dos dados apresentados revela uma complexa disparidade de gênero que influencia na contaminação por HIV/AIDS. É imperativo que as estratégias de prevenção e tratamento sejam sensíveis ao gênero e abordem as desigualdades estruturais que perpetuam a vulnerabilidade, especialmente entre os homens, sempre considerando aspectos múltiplos, como a orientação e prática sexuais.

     

     

  • Palavras-chave
  • AIDS; HIV, incidência
  • Área Temática
  • Epidemias Globais
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Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza