Análise temporal da taxa de vacinação de sarampo em crianças menores de 5 anos na região norte (1994-2022)

  • Autor
  • Josuelem Portela Castro
  • Co-autores
  • Isabella Tavares Moura , Samuel Portela Castro , Kathleen Higham Giestas
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: o sarampo é uma doença viral altamente contagiosa que afeta principalmente crianças, devido à sua imunidade ainda em desenvolvimento, tornando-as mais suscetíveis a formas graves. Os sintomas iniciais incluem exantema macular, febre alta, conjuntivite e prostração. Sem tratamento específico e com muitas complicações, o sarampo foi a principal causa de mortalidade infantil no século XX. Nesse contexto, a introdução da vacina na década de 1960 no Brasil levou a uma queda significativa nos casos. Em 2016, o Brasil recebeu o certificado de eliminação do sarampo pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mas perdeu-o em 2019. OBJETIVO: analisar as variações que ocorreram na taxa de vacinação contra o sarampo em menos de 5 anos ao longo de 1994 a 2022. CASUÍSTICA E MÉTODO: realizou-se um estudo ecológico sobre a vacinação da primeira dose contra o sarampo, em indivíduos com idade menor que 5 anos, na região Norte, no período de 1994 a 2022, porém não foram evidenciados registros entre 2005 e 2013. Os dados foram retirados do Departamento de Informática do SUS (DATASUS). As variáveis utilizadas foram: Região, Unidade de Federação, Imunobiológicos (Sarampo e Tríplice Viral), Dose, Ano e Faixa etária 1. RESULTADOS: a região Norte, no período de 1994 a 2022, em crianças com idade menor que 5 anos, apresentou maior registro de números de aplicações da primeira dose no ano de 1997 (682.413 aplicações). O menor registro foi apresentado em 2022 (5 aplicações). A média desse período foi de 197.141,2 aplicações. O estado do Pará apresentou o maior número de registros, em 1997 (163.838 aplicações). Em 2022, os estados de Rondônia, Roraima, Amapá e Tocantins apresentaram 0 (zero) registros, os estados do Acre e do Pará apresentaram 1 registro e o Amazonas apresentou 3 registros. Ao longo do período avaliado, observou-se um decréscimo expressivo, na região Norte, em relação ao registro, principalmente, em 2003 (9.657 aplicações) e 2004 (87 aplicações) e a partir de 2014 (com média de, aproximadamente, 3.278,8). Os anos de 2005 a 2013 não foram registrados. DISCUSSÃO: os índices de vacinação estão abaixo das metas do Ministério da Saúde, especialmente em 2022, quando o objetivo era vacinar pelo menos 95% das crianças. A queda na vacinação pode ser atribuída às dificuldades causadas pela pandemia de Covid-19, ao crescimento do movimento antivacina e à significativa subnotificação. Além disso, a crise migratória desde 2014, especialmente na região norte do Brasil, com dificuldades de assistência médica, também pode ter contribuído para a diminuição da vacinação e o ressurgimento do sarampo. CONCLUSÃO: Dessa forma, torna-se evidente a necessidade de remediação desse déficit vacinal, seja ele por sub registro ou por não aplicação do imunobiológico. Para isso, é necessário incentivar o registro dos dados e a realização de campanhas, com o fito de promover a vacinação e minar a desinformação.

  • Palavras-chave
  • Sarampo, Vacina, Criança, Mortalidade
  • Área Temática
  • Políticas Públicas em Saúde
Voltar

É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

A Comissão Científica

  • Telemedicina
  • Direito Médico
  • Medicina do Esporte
  • Políticas Públicas em Saúde
  • Gestão e Sustentabilidade em Saúde
  • Epidemias Globais
  • Inovações Tecnológicas em Saúde
  • Evolução dos Fármacos
  • Educação Financeira
  • Cooperativismo

Comissão Organizadora

Dr. José Rufino Costa dos Santos - Presidente

Dr. Habib Fraiha Neto - Predidente de Honra

 

Dr. Pedro Celeste Noleto e Silva

Dr. Francisco Eratóstenes da Silva

Dr. Heryvelton Lima de Freittas

Dra. Brenda Faccio dos Santos

Dr. Otávio Guilhon

Dra. Ana Claudia Santana

Dr. Juciland de Sena Gama

Dr. José Mariano de Melo Cavaleiro de Macedo

Dr. José Roberto

Dra. Valéria Barbosa Pontes

 

Comissão Científica

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Lauro José Barata de Lima

Dirceu Cavalcanti Rigoni

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Marianne Rodrigues Fernandes

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza

Eric Homero Albuquerque Paschoal

 

Comissão Avaliadora

David José Oliveira Tozetto 

Diana Albuquerque Sato

Dirceu Cavalcanti Rigoni

Eric Homero Albuquerque Paschoal

Janari da Silva Pedroso

Juliana de Araújo Borges Ferreira

Lauro José Barata de Lima

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Maria de Fátima Guimarães Couceiro

Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza