Análise da Cobertura Vacinal Contra Poliomielite no Brasil (2003-2022)

  • Autor
  • Samuel Portela Castro
  • Co-autores
  • Kathleen Higham Giestas , Josuelem Portela Castro , Isabella Tavares Moura
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: A poliomielite consiste em uma doença contagiosa aguda que ocorre devido à infecção pelo vírus poliovírus, sendo que a sua contaminação ocorre  mediante o contato direto com fezes ou com gotículas de saliva de pessoas contaminadas. Sob esse viés, por ser uma patologia com grande cobertura vacinal, os casos de poliomielite diminuíram cerca de 99% no decorrer dos últimos anos, levando a cerca de uma infecção grave em cada 200 contaminados. Nesse sentido, a grande preocupação atual consiste na tendência de queda das imunizações, o que causa maior suscetibilidade à contaminação pelo poliovírus e, assim, maior probabilidade de complicações, como a paralisia infantil.  OBJETIVO: Examinar a Cobertura Vacinal contra Poliomielite no Brasil no período de 2003 e 2022. CASUÍSTICA E MÉTODO: Efetuou-se um estudo ecológico analisando a cobertura vacinal contra a Poliomielite nas regiões do Brasil no período de 2003 a 2022. Coletou-se os dados do Departamento de Informática do SUS (DATASUS) utilizando as variáveis “região”, “ano” e “poliomielite”. RESULTADOS: O Brasil apresentou a maior cobertura vacinal contra a Poliomielite em 2006 (105,25%); por outro lado, ocorreu um decréscimo significativo até alcançar 71,04% no ano de 2021. O valor médio do período foi 94,39%. A região com a maior cobertura vacinal média no período analisado foi a Região Centro-Oeste (96,57%); a com a menor média foi a Região Norte (90,97%). As regiões apresentaram a maior cobertura vacinal entre 2004 e 2011, com o maior valor na região Norte (110,96%)  no ano de 2004. Após esse período, entretanto, a cobertura reduziu progressivamente até o ano de 2021, no qual todas as regiões apresentaram a cobertura mais baixa, sendo a da região Norte a menor (62,29%). DISCUSSÃO: Substancialmente, por apresentar uma transmissão oral-fecal, o esquema de vacinação, instituído pelo Plano Nacional de Imunizações (PNI),  é imprescindível para controlar essas infecções. Entretanto, apesar de haver poucos casos da doença no Brasil, observou-se uma queda da cobertura vacinal, principalmente devido à precária educação em saúde sobre informações vacinais, como observado na Região Norte. Além disso, é imprescindível salientar que, a acentuação da baixa cobertura vacinal no período de 2021 está relacionada com a pandemia da COVID-19, a qual afetou negativamente as imunizações, uma vez que várias notícias errôneas a respeito das vacinas eram propagadas, o que ocasionou a redução significativa do quantitativo de imunizações realizadas. CONCLUSÃO: Portanto, verifica-se a importância de intensificar a cobertura vacinal contra a poliomielite através da educação em saúde ativa e de campanhas vacinais, com o intuito de desmistificar as falsas percepções propagadas a respeito da vacina. Concomitante, é imprescindível, orientar a população acerca das medidas profiláticas, como a lavagem das mãos, e minimizar as diferenças de saneamento básico entre as regiões, com o intuito de minimizar o recidiva da doença.

  • Palavras-chave
  • Poliomielite, Vacinas contra Poliomielite, Cobertura Vacinal, Vacinas.
  • Área Temática
  • Políticas Públicas em Saúde
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