Análise epidemiológica do casos de dengue no Pará e no Brasil entre 2020 a 2024

  • Autor
  • Gabriel Jersemi Rodrigues Costa
  • Co-autores
  • Emerson André Negrão do Nascimento , Iris da Silva Barros , Edie Helion de Souza Silva , Annita Bélit Queiros Nunes da Silva , Lucas Guimarães Dias , Waltair Maria Martins Pereira
  • Resumo
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    INTRODUÇÃO E OBJETIVOS: As demandas climáticas no Brasil associadas à extensão territorial, vegetação, condições climáticas, condições de habitação e saneamento básico dos brasileiros contribuem para incidências de epidemias de arboviroses relacionadas ao mosquito Aedes aegypti1. A persistência de arboviroses como a Dengue e a iminência dos surtos de doenças emergentes como Chikungunya e Zika revelam as fragilidades sociais e políticas do país e evidenciam a necessidade de estratégias efetivas e eficazes de enfrentamento vetorial2,3. Analisar epidemiologicamente a morbidade hospitalar de pacientes acometidos com dengue de 2020 a 2024 no estado do Pará. CASUÍSTICA/METODOLOGIA: Estudo transversal, quantitativo baseado nos dados do Sistema de Informação de Agravo de Notificação (SINAN) tabulado pelo DATASUS, entre janeiro de 2020 a maio de 2024 no Pará. Foram extraídos dados, sem distinção de idade, com diagnóstico de dengue (CID10-032.1). As variáveis foram: número de notificações, exame sorológico IgM, escolaridade, raça e faixa etária. RESULTADO: Do total de casos obtidos, observou-se um crescimento importante no número de notificações prováveis de dengue no Pará, no período de 2023 a 2024, com 191,4% de crescimento absoluto. Neste mesmo período, houve um aumento de 72,7% de resultados positivos no exame sorológico de IgM. No que diz respeito a raça, a que obteve maior aumento do número de casos foi a preta, com respectivo 213,7% em 2024, seguida da cor parda com respectivo 190% de aumento no mesmo ano. Desde o início do estudo, a cor parda obteve o maior crescimento de 2.515 para 13.157 notificações, um valor relativo há 423,1% de casos prováveis de dengue no Pará. Na escolaridade, aqueles com ensino médio completo obtiveram os maiores valores de casos prováveis com 6.767 notificações, sendo o crescimento de 352,9% de maio de 2020 a maio de 2024. E aqueles com faixa etária entre 20-39 anos apresentaram maior valor absoluto no período estudado, com 14.713 casos e um crescimento de 320% de 2020 a 2024. DISCUSSÃO: O crescimento do número de casos de dengue no Estado do Pará teve um aumento importante. Especula-se que esse números são explicados pelo arrefecimento das medidas protetivas contra o agente etiológico, pelo cocirculação dos 4 sorotipos da dengue e pelas mudanças climáticas que acontecem no mundo inteiro; esses somados sugerem uma explicação aos maiores números.  A maior prevalência em adultos jovens de 20-39 anos pode ser explicada pela menor adesão às medidas protetoras. CONCLUSÃO: Houve, no período analisado, uma tendência de aumento dos casos de dengue, com crescimento de 191,4%. As disparidades sobre raça, escolaridade e faixa etária, apontam predominância de casos em pacientes da raça parda, entre 20 a 39 anos e grau médio escolar. Assim, destaca-se a importância de medidas preventivas e políticas de saúde direcionadas a esses grupos específicos. 

  • Palavras-chave
  • DENGUE, PARÁ, INFECTOLOGIA, EPIDEMIOLOGIA
  • Área Temática
  • Epidemias Globais
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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Dr. José Roberto

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Dirceu Cavalcanti Rigoni

Eric Homero Albuquerque Paschoal

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Juliana de Araújo Borges Ferreira

Lauro José Barata de Lima

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Maria de Fátima Guimarães Couceiro

Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza