PERFIL DE TRAQUEOSTOMIA REALIZADA NO ESTADO DO PARÁ NO PERÍODO DE 2013 A 2022

  • Autor
  • Lucas Guimarães Dias
  • Co-autores
  • Annita Bélit Queiros Nunes da Silva , Emerson André Negrão do Nascimento , Iris da Silva Barros , Gabriel Jersemi Rodrigues Costa , Edie Helion de Souza Silva , Waltair Maria Martins Pereira
  • Resumo
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    No estado do Pará não há estudo sobre a análise de dados de autorização de internação hospitalar (AIH) por traqueostomia. Assim, o intuito deste estudo é descrever o perfil dos dados de AIH por traqueostomias realizadas nos anos de 2013 a 2022 no Pará.   

    Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo e transversal, a partir de dados de produção hospitalar do sistema SIH/SUS processados pelo DATASUS a partir do uso de dados consolidados de AIH reduzidas (RD), por local de internação no Pará entre os anos de 2013 a 2022 por procedimento de traqueostomia. Sendo também analisados dados segundo: o ano atendimento, o município da internação, regime de atendimento, o caráter de atendimento, o óbito e o valor total de internações por cada ano de estudo.

    Foram registradas 5.811 AIH para o procedimento traqueostomia no Pará, sendo a capital Belém com 33,90% (1970/5811) e os municípios de Marituba com 22,18% (1289/5811) e Altamira com 11,96% (695/5811) com os maiores valores.  Entre os regimes de AIH, 26,5% são de regime público (1543/5811); 1,32% de regime privado (77/5811) e 72,12% continham registros ignorados (4191/5811). Quanto ao caráter de atendimento, 94,88% foram de urgência (5514/5.811); 5,04% foram eletivas (293/5.811) e 0,06% de outras causas externas (4/5.811). Dentre as traqueostomias de caráter de urgência, a taxa média dos registros por ano na população foi de 5,91 casos a cada ano a cada 100.000 habitantes; já aos óbitos foram listados 27,60% dos casos (1604/5811), desse total 29,30% (470/1.604), ocorreu em instituições de saúde pública, 0,87% (14/1604) nas de regime privado e 69,82% (1120/1604) tinham tal categoria de análise ignorada. A média da taxa de mortalidade registrada dentro desse período foi 1,56 óbitos a cada 100.000 habitantes. O custo médio por procedimento foi de R$ 2.295.803,15.

    A frequência de traqueostomias feitas foi alta, sendo Belém o município com o maior número, talvez justificado por ser a capital do estado, por ter a maior concentração de hospitais com aparelhos essenciais e profissionais treinados para a execução do procedimento. Foi percebido que 94,88% das traqueostomias foram de caráter emergencial, e a soma de 72,12% que tem o regime como ignorado aos 69,82% de óbitos ignorados quanto ao tipo de serviço ao qual o evento ocorreu danifica a construção de estratégias de alocação de recursos para setores públicos ou privados, como aparelhos e preparo de médicos para a execução do procedimento. A concentração de serviços hospitalares na capital dificulta o acesso e a equidade aos cuidados de emergência no estado, sendo que os grandes custos médios anuais desses procedimentos merecem atenção especial.

    A qualidade dos dados é deficiente e aponta a urgência para o desenvolvimento de programa de capacitação de pessoal para o correto preenchimento das AIH, visando qualificar a informação para a tomada de decisão mais oportuna em expansão de nossos hospitais e financiamento de procedimentos feitos no Estado.

     

     

  • Palavras-chave
  • Traqueostomia; Internação hospitalar; Emergência; Gestão em Saúde;
  • Área Temática
  • Gestão e Sustentabilidade em Saúde
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Boa leitura!

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