Análise da Incidência de Tuberculose na Região Norte (2014-2023)

  • Autor
  • Samuel Portela Castro
  • Co-autores
  • kathleen Higham Giestas , Josuelem Portela Castro , Lucas Alexandre Magalhães Anaisse , Isabella Tavares Moura
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: A Tuberculose (TB) é uma patologia infecto contagiosa milenar cujo contágio se dá pela inalação de gotículas contendo bacilos transmitidas pela fala, pelo espirro ou pela tosse. Nesse sentido, embora seja uma doença prevenível e tratável, acometeu mais de 10 milhões de pessoas e causou mais de 1 milhão de óbitos mundialmente apenas no ano de 2022. No Brasil, no mesmo ano, foram registrados aproximadamente mais de 100 mil novos casos de tuberculose e mais de 100 mil mortes devido à doença, constituindo ainda um desafio de saúde pública nacional e internacional. OBJETIVO: Analisar a incidência de Tuberculose e seu perfil epidemiológico nos estados da Região Norte desde o ano de 2014 ao ano de 2023. CASUÍSTICA E MÉTODO: Este estudo possui natureza epidemiológica, descritiva, retrospectiva e transversal, realizado a partir de dados do DATASUS. Entre os anos de 2014 e 2023, foram avaliadas as subsequentes variáveis: regiões, faixa etária e sexo. RESULTADOS: Na Região Norte, entre os anos de 2014 e 2023, houve 89.630 casos novos de contaminação por tuberculose, sendo o estado do Pará o mais acometido, com 40.907 casos novos. Foi observado que o estado com a maior incidência de contágio foi o do Amazonas. Quanto à faixa etária, a população entre 20 e 29 anos apresentou mais casos de contaminação, com 23.295 casos novos, contudo a maior taxa de incidência com relação a idade foi observada no grupo acima de 80 anos, enquanto o de menor incidência foi o grupo de 5 a 9 anos. Em relação ao sexo, a distribuição foi desproporcional, tendo em vista que, o sexo masculino foi o mais acometido, apresentando uma incidência de 92,7%, ao mesmo tempo em que o sexo feminino constava uma incidência de 7,37%. DISCUSSÃO: Basilarmente, verifica-se que a Tuberculose, embora seja uma doença prevenível por hábitos profiláticos simples, como a lavagem das mãos, ainda permanece um desafio na Região Norte do Brasil. Sua alta incidência, especialmente no estado do Amazonas, está associada a índices socioeconômicos baixos, à superlotação, à insuficiente infraestrutura de saúde pública e à baixa escolaridade. Quanto à faixa etária, a mais afetada é a população adulta mais economicamente ativa e, portanto, a mais exposta ao contato com pessoas doentes. Ademais, considerando o sexo, a predominância da TB em homens é condizente com a literatura, fato parcialmente explicado pela presença mais signficativa de fatores de risco como o tabagismo. CONCLUSÃO: Logo, é notória a necessidade de combater a Tuberculose mediante a educação em saúde e a realização de campanhas com o objetivo de conscientizar a população acerca da doença, da prevenção e do tratamento. Além disso, deve-se remediar os fatores socioeconômicos associados, como a superlotação e a pobreza, com o fito de minimizar a incidência dessa antiga enfermidade.  

  • Palavras-chave
  • Tuberculose, Epidemiologia, Incidência, Mycobacterium tuberculosis.
  • Área Temática
  • Epidemias Globais
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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Comissão Científica

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Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza

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Dirceu Cavalcanti Rigoni

Eric Homero Albuquerque Paschoal

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Juliana de Araújo Borges Ferreira

Lauro José Barata de Lima

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Maria de Fátima Guimarães Couceiro

Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza