PANORAMA DA MORTALIDADE MATERNA POR DOENÇAS HIPERTENSIVAS ENTRE 2017-2020 NO ESTADO DO PARÁ

PANORAMA DA MORTALIDADE MATERNA POR DOENÇAS HIPERTENSIVAS ENTRE 2017-2020 NO ESTADO DO PARÁ

• Autor
• Gabriel Jersemi Rodrigues Costa
• Co-autores
• Emerson André Negrão do Nascimento , Iris da Silva Barros , Edie Helion de Souza Silva , Annita Bélit Queiros Nunes da Silva , Lucas Guimarães Dias
• Resumo

• INTRODUÇÃO:As síndromes hipertensivas na gravidez representam um grave desafio para a saúde materna em todo o mundo. A hipertensão gestacional, a pré-eclâmpsia e a eclâmpsia são condições clínicas caracterizadas por hipertensão arterial durante a gravidez, afetando diretamente o bem-estar materno e fetal. Essas síndromes estão entre as principais causas de morbimortalidade materna em países desenvolvidos e em desenvolvimento. OBJETIVO:Avaliar o perfil dos óbitos maternos por doenças hipertensivas, segundo indicadores epidemiológicos, no estado do Pará entre 2017 e 2021. METODOLOGIA: Foi realizado um estudo ecológico, em série, observacional do tipo temporal, utilizando registros de óbitos maternos por doenças hipertensivas ocorridos no estado do Pará no período de 2017 a 2021, com dados coletados no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Sistema Único de Saúde (DATASUS). RESULTADOS:De acordo com os dados do SIM, ocorreram 763 óbitos maternos, durante a gravidez, parto ou aborto e no puerpério a menos de 1 ano, destes, 154 foram decorrentes de síndromes hipertensivas, sendo 89 durante a gestação ou no puerpério. Em relação a distribuição anual desses óbitos, observou-se um comportamento linear, exceto pelo ano de 2020, o qual apresentou o dobro de óbitos da média entre o período observado. No que diz respeito à distribuição dos óbitos por classificação das doenças hipertensivas, destaca-se a Hipertensão Materna e a Eclâmpsia, totalizando juntas quase metade dos óbitos nesse período. Em relação ao perfil epidemiológico, têm-se a maioria das mortes ocorrendo em gestantes de maior idade e risco, com faixa etária entre os 40 a 49 anos, autodeclaradas pardas (75%), solteiras e com uma média de 4 a 7 anos de escolaridade, correspondente às séries do ensino fundamental. DISCUSSÃO: Percebeu-se que a síndrome hipertensiva na gravidez teve uma maior mortalidade entre as mulheres que possuem uma renda menor, levando em consideração a escolaridade delas, e uma maior idade. Esses fatores elucidam prováveis falhas na assistência continuada em pré-natal de risco no estado do Pará. Ademais, observou-se um pico de óbitos no ano de início da pandemia de COVID-19, o que pode justificar essa maior tendência pelo impacto dessas infecções na gestação e na assistência à saúde. CONCLUSÃO: Com os dados achados, busca-se por políticas públicas para maior inclusão de mulheres pobres ás informações em saúde para reduzir os piores desfechos de crises hipertensivas na gravidez e até mesmo por meio das unidades básicas de rastrear doenças hipertensivas em gestantes, evitando morte gestacional ou materna.

• Palavras-chave
• DENGUE, PARÁ, INFECTOLOGIA, EPIDEMIOLOGIA
• Área Temática
• Gestão e Sustentabilidade em Saúde