Perfil de uma década da Febre Hemorrágica da Dengue na região Norte

  • Autor
  • Gabriel Dias Corrêa
  • Co-autores
  • Antônia Evelyn Albuquerque Costa , João Paulo Monteiro Rodrigues
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO E OBJETIVO: A Dengue é uma enfermidade causada pelo vírus do gênero flavivírus e possui o Aedes aegypti como vetor. Tem sua proliferação influenciada pelo crescimento urbano não planejado, pelo desmatamento e pela ineficiência do serviço público de saúde no controle da transmissão, aspectos recorrentes em cidades em desenvolvimento na região Norte do país. A infecção com o vírus pode levar ao quadro de Febre Hemorrágica da Dengue (FHD). Dessa forma, faz-se imprescindível interpretar as principais características atreladas à enfermidade em questão. Assim, o objetivo do estudo foi analisar o perfil epidemiológico da FHD na região Norte do Brasil no período de 2014 a 2023. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Estudo observacional, transversal e retrospectivo, que utilizou-se dados secundários do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). As variáveis analisadas foram número de internações, média de dias de permanência de internação e óbitos entre os anos de 2014 a 2023, após a internação em virtude de casos de FHD. RESULTADOS: No total dos períodos analisados, foram contabilizados 1348 casos de FHD na região Norte, com maior recorrência no Pará (31,90%). Concomitantemente, há um crescimento significativo de 137% nos casos de FHD entre 2021 e de 2022. Deve-se ressaltar uma discrepância entre o número de casos no Acre, o qual apresentou o maior desvio padrão (32,45), repercutindo no índice nacional (75,81). Quanto à média de dias de permanência de internação, Roraima foi o estado com maior prolongamento (8,2 dias), já o Amazonas, o mais breve (4 dias). Ademais, o quantitativo de óbitos total no Norte foi de 58 (4,30% em relação ao total de casos), no qual há considerável incidência no Pará (28 óbitos - 48,28%). Vale ressaltar que Amazonas e Roraima apresentaram apenas 1 óbito cada no período analisado. DISCUSSÃO: É notória a discrepância entre os estados da região Norte, na qual o estado do Pará contribui significativamente para o índice de novos casos, fato que pode ser explicado por fatores climáticos e pela conscientização e infraestrutura urbana ineficientes. Percebe-se a influência dessa questão sobre o número de óbitos, o que revela complicações graves da doença. Outrossim, no Acre, a instabilidade no número de casos, com significativo aumento no ano de 2022, pode estar atrelado ao descuido populacional com medidas de combate à proliferação da dengue e seus efeitos. Ademais, o único óbito registrado no Amazonas e em Roraima deve ser investigado com cuidado, visto que pode representar uma subnotificação dos casos. CONCLUSÃO: Portanto, urge a necessidade de melhores condições infraestruturais relacionadas ao crescimento urbano, além da conscientização populacional contínua quanto à proliferação da dengue, a fim de minimizar a influência de tais fatores sobre a incidência e agravamento da doença.

     

  • Palavras-chave
  • Febre hemorrágica da dengue, região Norte, índice de casos.   
  • Área Temática
  • Epidemias Globais
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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