INTERFERÊNCIAS EM EXAMES BIOQUÍMICOS DE ROTINA DURANTE O TRATAMENTO DA TUBERCULOSE.

  • Autor
  • Ana Karoline Silva Ferreira
  • Co-autores
  • Allane Patricia Santos da Paz , Eduardo Marcello Cardoso de Souza , Yago Luis Gonçalves Pereira , Keyla Rodrigues de Souza , Fabio Tales Flores da Mota , Luís Basílio Bouzas Nunez Júnior , Rafaela da Silva Moraes , Lucimar Di Paula dos Santos Madeira , Vanessa Jóia de Mello
  • Resumo
  •  

    Introdução e Objetivo: A Tuberculose (TB) é uma doença infectocontagiosa, causada pelo patógeno MycobacteriumTuberculosis. O Tratamento para TB pulmonar é preconizado no Brasil pelo ministério da saúde em um esquema de duas fases: Intensiva (RHZE), com a utilização de Rifampicina, Isoniazida, Pirazinamida e Etambutol e a fase de manutenção (RH), com Rifampicina e Isoniazida totalizando seis meses de utilização de tuberculostáticos. O uso prolongado desses medicamentos pode causar alterações metabólicas hepáticas, renais, na glicemia e no perfil de lipídios que vão refletir nos resultados dos exames laboratoriais bioquímicos. O objetivo deste trabalho é elencar as possíveis interferências sobre os analitos citados em relação a utilização dos esquemas medicamentosos de Fase I e Fase II do tratamento da tuberculose pulmonar. Casuística e Método: O presente trabalho trata-se de uma revisão integrativa da literatura. Como base de dados, foram utilizados  o PubMed, Science Direct, Lilacs, manuais de consulta pública, acervos de instituições de ensino e bulas eletrônicas. Resultados e Discussão: A utilização dos esquemas de tratamento da TB pode gerar alterações de transaminases (ALT e AST) como uma das principais interferências fisiológicas decorrente da doença hepática induzida por drogas (DHID). A disfunção hepática induzida por medicamentos geralmente ocorre nas primeiras semanas da fase intensiva (RHZE) da quimioterapia antituberculose (anti-Tb). No entanto, o aumento das enzimas transaminases (ALT, AST) e bilirrubinas revelam-se presentes durante as duas fases de tratamento. Existem diferentes formas nas quais os fármacos anti-TB apresentam efeitos tóxicos ao fígado, como reações de alta energia no citocromo P450 e disfunção de proteínas transportadoras de ácidos biliares. Alguns fatores, tais como genética, idade avançada, alcoolismo, desnutrição e infecção por HIV. A  doença renal aguda (DRA) durante o tratamento anti-TB é considerada uma complicação grave que pode levar a interrupção do tratamento programado e causar danos renais permanentes. O tratamento anti-Tb pode causar aumento dos analitos creatinina e ureia. A rifampicina é a droga com maior significância em casos de lesões renais uma vez que pode induzir lesões tubulares e intersticiais assim como glomerulonefrites, pacientes afetados geralmente apresentam-se com insuficiência renal aguda e nefrite intersticial. A alteração no perfil lipídico é observada no tratamento com Rifampicina, com aumento do colesterol total revelado já em 6 dias. Um aumento dos índices de colesterol total e redução de HDL colesterol foi observado em estudos preliminares com isoniazida. Conclusão: Alterações no perfil bioquímico durante o tratamento anti-TB são bem descritas na literatura. O tratamento anti-TB deve levar em consideração os resultados de exames de rotina e as possíveis interferências metabólicas dos fármacos, bem como os fatores de riscos que possam amplificar estas interações.

  • Palavras-chave
  • Tuberculose, Mycobacterium Tuberculosis, RHZE, RH, tuberculostáticos, exames bioquímicos, exames laboratoriais, RHZE, RH, interações farmacológicas
  • Área Temática
  • Evolução dos Fármacos
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

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Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

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