Introdução e Objetivo: A Tuberculose (TB) é uma doença infectocontagiosa, causada pelo patógeno MycobacteriumTuberculosis. O Tratamento para TB pulmonar é preconizado no Brasil pelo ministério da saúde em um esquema de duas fases: Intensiva (RHZE), com a utilização de Rifampicina, Isoniazida, Pirazinamida e Etambutol e a fase de manutenção (RH), com Rifampicina e Isoniazida totalizando seis meses de utilização de tuberculostáticos. O uso prolongado desses medicamentos pode causar alterações metabólicas hepáticas, renais, na glicemia e no perfil de lipídios que vão refletir nos resultados dos exames laboratoriais bioquímicos. O objetivo deste trabalho é elencar as possíveis interferências sobre os analitos citados em relação a utilização dos esquemas medicamentosos de Fase I e Fase II do tratamento da tuberculose pulmonar. Casuística e Método: O presente trabalho trata-se de uma revisão integrativa da literatura. Como base de dados, foram utilizados o PubMed, Science Direct, Lilacs, manuais de consulta pública, acervos de instituições de ensino e bulas eletrônicas. Resultados e Discussão: A utilização dos esquemas de tratamento da TB pode gerar alterações de transaminases (ALT e AST) como uma das principais interferências fisiológicas decorrente da doença hepática induzida por drogas (DHID). A disfunção hepática induzida por medicamentos geralmente ocorre nas primeiras semanas da fase intensiva (RHZE) da quimioterapia antituberculose (anti-Tb). No entanto, o aumento das enzimas transaminases (ALT, AST) e bilirrubinas revelam-se presentes durante as duas fases de tratamento. Existem diferentes formas nas quais os fármacos anti-TB apresentam efeitos tóxicos ao fígado, como reações de alta energia no citocromo P450 e disfunção de proteínas transportadoras de ácidos biliares. Alguns fatores, tais como genética, idade avançada, alcoolismo, desnutrição e infecção por HIV. A doença renal aguda (DRA) durante o tratamento anti-TB é considerada uma complicação grave que pode levar a interrupção do tratamento programado e causar danos renais permanentes. O tratamento anti-Tb pode causar aumento dos analitos creatinina e ureia. A rifampicina é a droga com maior significância em casos de lesões renais uma vez que pode induzir lesões tubulares e intersticiais assim como glomerulonefrites, pacientes afetados geralmente apresentam-se com insuficiência renal aguda e nefrite intersticial. A alteração no perfil lipídico é observada no tratamento com Rifampicina, com aumento do colesterol total revelado já em 6 dias. Um aumento dos índices de colesterol total e redução de HDL colesterol foi observado em estudos preliminares com isoniazida. Conclusão: Alterações no perfil bioquímico durante o tratamento anti-TB são bem descritas na literatura. O tratamento anti-TB deve levar em consideração os resultados de exames de rotina e as possíveis interferências metabólicas dos fármacos, bem como os fatores de riscos que possam amplificar estas interações.
É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".
Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.
Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.
Boa leitura!
A Comissão Científica
Comissão Organizadora
Dr. José Rufino Costa dos Santos - Presidente
Dr. Habib Fraiha Neto - Predidente de Honra
Dr. Pedro Celeste Noleto e Silva
Dr. Francisco Eratóstenes da Silva
Dr. Heryvelton Lima de Freittas
Dra. Brenda Faccio dos Santos
Dr. Otávio Guilhon
Dra. Ana Claudia Santana
Dr. Juciland de Sena Gama
Dr. José Mariano de Melo Cavaleiro de Macedo
Dr. José Roberto
Dra. Valéria Barbosa Pontes
Comissão Científica
Tereza Cristina de Brito Azevedo
Lauro José Barata de Lima
Dirceu Cavalcanti Rigoni
Luiz Felipe Santiago Bittencourt
Marianne Rodrigues Fernandes
Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza
Eric Homero Albuquerque Paschoal
Comissão Avaliadora
David José Oliveira Tozetto
Diana Albuquerque Sato
Dirceu Cavalcanti Rigoni
Eric Homero Albuquerque Paschoal
Janari da Silva Pedroso
Juliana de Araújo Borges Ferreira
Lauro José Barata de Lima
Luiz Felipe Santiago Bittencourt
Maria de Fátima Guimarães Couceiro
Marianne Rodrigues Fernandes
Tereza Cristina de Brito Azevedo
Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza