INTERAÇÕES FARMACOLÓGICAS ENTRE O TRATAMENTO DA TUBERCULOSE E A TERAPIA ANTIRETROVIRAL

  • Autor
  • Ana Karoline Silva Ferreira
  • Co-autores
  • Allane Patricia Santos da Paz , Eduardo Marcello Cardoso de Souza , Bianca Pacheco Lima , Isnia Ferraz dos Santos , Ana Carolina dos Santos Rodrigues , Marcus Vinícius Siqueira Louchard , Oscar Vinícius Moraes dos Santos , Márcia Cristina Freitas da Silva , Vanessa Joia de Mello
  • Resumo
  • Introdução e Objetivo: Causada pelo patógeno Mycobacterium Tuberculosis, a tuberculose (TB) pulmonar é uma doença infectocontagiosa, cujo tratamento dura seis meses e é realizado em um esquema de duas fases: Intensiva (RHZE), que utiliza Rifampicina, Isoniazida, Pirazinamida e Etambutol e; de manutenção (RH), com Rifampicina e Isoniazida. O uso prolongado desses medicamentos e a associação a outros fármacos, como na coinfecção TB-HIV, pode causar alterações no perfil de exames bioquímicos. Os esquemas básicos de tratamento antirretroviral (ARV) incluem o uso de combinações de dois inibidores nucleosídeos da transcriptase reversa (NRTIs) e um inibidor não nucleosídico da transcriptase reversa (NNRTI). Este estudo tem como objetivo elaborar uma revisão para identificar evidências de possíveis alterações em exames bioquímicos de avaliação da glicemia, do perfil lipídico, hepático e renal em pacientes sob terapia antirretroviral (TARV) que possam estar em terapia anti-TB. Casuística e Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura que utilizou como base de dados: PubMed, Science Direct, Lilacs, manuais de consulta pública, acervos de instituições de ensino e bulas eletrônicas. Foram incluídos textos de acesso livre, com alto e moderado nível de evidência, artigos na íntegra, em inglês, português e espanhol , com os seguintes descritores: “Rifampicina e HIV”, “tuberculose e HIV”, “tuberculose e antirretroviral”, “interferentes medicamentosos’’. Resultados e Discussão: A interação nos parâmetros laboratoriais de rotina mais discutidos foi a influência deste esquema nas transaminases (TGO E TGP). Isoniazida, rifampicina, nevirapina (NVP) e efavirenz (EFV) estão todos associados à hepatotoxicidade. Foi possível detectar alterações precoces da função hepática em pacientes com HIV e tuberculose, tratados com NVP ou EFV, juntamente com Rifampicina, com aumento de TGO e TGP e Fosfatase Alcalina, sem alterações significativas de bilirrubinas. Foi possível observar a elevação de enzimas hepáticas e transaminases, com o uso de Lopinavir e Ritonavir no tratamento da TB pulmonar com Rifampicina. Pacientes em uso da TARV podem apresentar alterações no perfil glicêmico e na resistência insulínica, assim como hipertensão arterial, dislipidemia e nefropatias, associadas ao tratamento na infecção por HIV. Conclusão: As alterações na função hepática na associação entre tuberculostáticos e antirretrovirais são bem descritas na literatura. As interações farmacológicas entre o tratamento da TB e a TARV não foram facilmente descritas para os demais parâmetros. A abordagem deste tema é útil para auxiliar profissionais da saúde no acompanhamento de pacientes em tratamento para a tuberculose, principalmente pacientes soropositivos para o HIV.

  • Palavras-chave
  • Tuberculose, TARV, NRTIs, NNRTI, perfil bioquímico, associações farmacológicas, perfil bioquímico, RHZE, RH
  • Área Temática
  • Evolução dos Fármacos
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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