O USO DE ANTI-HIPERTENSIVOS E SUA INTERFERÊNCIA EM EXAMES BIOQUÍMICOS DE ROTINA

  • Autor
  • Ana Karoline Silva Ferreira
  • Co-autores
  • Allane Patricia Santos da Paz , Eduardo Marcello Cardoso de Souza , João Emanuel Costa de Sousa , Yan Victor dos Santos Campos , Yago Luis Gonçalves Pereira , Keyla Rodrigues de Souza , Vanessa Jóia de Mello
  • Resumo
  •  

    Introdução e Objetivo: Os anti-hipertensivos tem como função o controle da pressão arterial (PA), assim como amenizar os riscos cardiovasculares e cerebrovasculares. Dentre os principais fármacos de uso no tratamento da Hipertensão Arterial, destacam-se os grupos: ?-bloqueadores como atenolol e metoprolol, antagonistas de cálcio como anlodipina, inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA) como captopril e enalapril, diuréticos como furosemida e bloqueadores do receptor de angiotensina-II (BRA), como losartana e valsartana. Alterações metabólicas podem ser verificadas após o uso destes fármacos, refletindo em alterações no perfil de exames. Este estudo tem como objetivo elaborar uma revisão integrativa da literatura para identificar evidências científicas referentes a alterações dos exames bioquímicos de avaliação de glicemia, perfil lipídico, hepático e renal durante o tratamento anti-hipertensivo. Casuística e Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. Como base de dados, foram utilizados o PubMed, Science Direct, Lilacs, manuais de consulta pública, acervos de instituições de ensino, bulas eletrônicas. Resultados e Discussão: Estudos demonstram que medicamentos anti-hipertensivos podem promover alterações do perfil de lipídios e de proteínas e, paradoxalmente, podem contribuir diretamente para o aumento do risco de doenças cardiovasculares. Os diuréticos e os beta-bloqueadores aumentam significativamente os níveis de lipídios e lipoproteínas do sangue (colesterol total, LDL- colesterol). Alguns bloqueadores não seletivos, como o propranolol, nadolol e timolol, expressam grande capacidade de aumentar os níveis plasmáticos de triglicerídeos. Estudos mostraram alterações no mecanismo dos lipídios e proteínas, tendo aumento de triglicerídeos e diminuição de colesterol total e HDL. Na terapia de 12 meses, observou-se uma elevação drástica de todos os índices. Em relação aos efeitos sobre lipídios e ácido úrico, um estudo que comparou beta bloqueadores mostrou uma desvantagem do propranolol em relação a prazosina. O Pindolol não apresentou efeito significativo, e o atenolol apresentou os menores valores para colesterol, LDL e VLDL. A associação entre propranolol e prazosina deletou os efeitos benéficos da prazosina, com ligeira redução de HDL. Já a associação entre pindolol e prazosina,  mostra o favorável efeito da prazosina sobre o colesterol LDL + VLDL, possivelmente porque o pindolol não exerce efeito sobre os lipídios do sangue. Conclusão: O tratamento a longo prazo com anti hipertensivos deve ser considerado como um fator importante para as alterações metabólicas. O conhecimento das interferências em monoterapia e em associações é de suma importância para controlar o colesterol total, LDL, VLDL, HDL e triglicerídeos para reduzir o risco de desenvolvimento de distúrbios lipídicos e de doenças cardiovasculares.

  • Palavras-chave
  • Anti-hipertensivos, exames laboratoriais, perfil bioquímico, hipertensão arterial, alterações metabólicas
  • Área Temática
  • Evolução dos Fármacos
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

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