MORTALIDADE POR TUBERCULOSE NA REGIÃO NORTE DO BRASIL NO PERÍODO DE 2013 A 2022

MORTALIDADE POR TUBERCULOSE NA REGIÃO NORTE DO BRASIL NO PERÍODO DE 2013 A 2022

• Autor
• Vinícius Silva Lara
• Co-autores
• Edynando Di Tomaso Santos Pereira , Rafael Fernandes Barbosa Fonseca , Marina Souza de Carvalho , Camila Namie Seki Garzon , Alice Jacomini Barcos , Caroline Hipólito Pires
• Resumo

• Introdução: A tuberculose (TB) é uma patologia transmissível causada pelo Mycobacterium tuberculosis e que afeta, principalmente, os pulmões, embora possa atingir outros órgãos. No Brasil, há um risco aumentado de adoecimento para alguns grupos como indígenas, pessoas privadas de liberdade, pessoas que vivem com o HIV/aids e pessoas em situação de rua, portanto, a preocupação com essa doença é um tema constante. Objetivo: Analisar a taxa de mortalidade por tuberculose na região Norte do Brasil no período de 2014 a 2023. Métodos: Estudo ecológico e transversal, de análise descritiva, sobre a mortalidade por TB no Norte, no período de 2013 a 2022. Os dados foram retirados do Sistema de Informações de Mortalidade do Departamento de Informática do SUS (SIM/DATASUS). As variáveis analisadas foram: número de óbitos por ocorrência, estado, ano, faixa etária, sexo e cor/raça. As taxas de proporção foram realizadas a partir de dados demográficos retirados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Resultados: Conforme os dados obtidos, identificou-se um total de 4.847 óbitos por TB no Norte durante o período estudado, o que representa uma taxa de 27,93 (óbitos por 100.000 habitantes). Os estados com maiores índices de óbitos foram Amazonas, com 39,55 (n=1.559), e Pará, com 29,88 (n=2.426). A maior quantidade anual de óbitos ocorreu em 2022 (n=687), enquanto que a menor foi em 2014 (n=414). O sexo masculino apresentou uma taxa de 38,39 (n=3.326), enquanto que o sexo feminino teve apenas 17,44 (n=1.516). Referente à idade, a maior taxa foi na faixa etária de 80 anos ou mais, de 237,13 (n=543). A raça indígena foi a mais afetada, com um índice de 48,53 (n=262). Discussão: Constatou-se altos índices de mortalidade nos estados do Pará e do Amazonas, sendo os indivíduos do sexo masculino os mais acometidos, outros grupos de risco são os indígenas e pessoas com mais de 80 anos. O que concorda com o Ministério da Saúde, pois este afirma que os grupos mais afetados, excetuando-se os imunodeprimidos, são indígenas, pessoas privadas de liberdade, PVHA e pessoas em situação de rua. Esses grupos podem ser relacionados com o alto risco em razão das características epidemiológicas e comportamentais a que essas populações estão expostas. Conclusão: O estudo demonstra a necessidade de ações multissetoriais para o combate às TB, com foco na prevenção, vigilância epidemiológica, educação em saúde e aprimoramento dos serviços de saúde. Ações direcionadas a grupos mais vulneráveis são fundamentais para redução da mortalidade por TB na região Norte.

• Palavras-chave
• Tuberculose, Epidemiologia, Mortalidade.
• Área Temática
• Epidemias Globais