ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA SÍFILIS GESTACIONAL DE 2019 A 2022, EM UM MUNICÍPIO DO NORDESTE PARAENSE

  • Autor
  • Marcele Farias Silva Monteiro
  • Co-autores
  • Marcos Paulo Malcher de Aragão , Jéssica Vitória de Paiva Martins Fernandes , Kailany Milena Coreira Corrêa , Laryssa Rocha Cortês , Lilian Oliveira Magalhães , Luma Germano de Brito Machado , Vanessa Luana Moraes da Silva , Nadson Francisco Guimarães Monteiro , Fabiana Souza dos Santos
  • Resumo
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    Introdução: a Sífilis Gestacional (SG) é causada pela bactéria Treponema pallidum e apresenta alta prevalência no território nacional. O Município de Bragança, localizado no nordeste paraense, apresenta um significativo índice de notificação dessa infecção. Embora o diagnóstico e o tratamento para a doença sejam ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no âmbito da Atenção Primária (APS), ainda há aumento crescente de casos, que resultam em índices notórios de mortalidade intrauterina. Objetivo: analisar o quantitativo de gestantes diagnosticadas com sífilis nos anos de 2019 a 2022, em Bragança, Pará. Metodologia: trata-se de um estudo retrospectivo e observacional, no qual foi contabilizado o número de mulheres, durante o período gestacional, diagnósticas com sífilis. Os dados coletados estão disponíveis publicamente na plataforma on-line DATHI (Departamento de HIV/AIDS, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis), com isso, dispensou-se a avaliação do comitê de ética. Resultados: O município de Bragança apresentou cerca de 99 casos de SG, no período de 2019 a 2022. O crescimento percentual, durante esses 4 anos, foi de 183,3%, surpreendentemente maior do que a taxa nacional, de apenas 28,4%. A seguinte hipótese para esse dado se deve ao impacto da pandemia de COVID-19, uma vez que as campanhas de saúde cederam o protagonismo ao combate do SARS–CoV–2, além da necessidade da população ficar em casa – havendo o descuido a várias infecções, como a sífilis –, bem como a distância do território bragantino da capital estadual, logo, um menor amparo do Estado. Apesar da faixa etária mais notificada ser entre 20 a 29 anos, com 57 casos (52,3%), a maior preocupação é referente as gestantes com idades entre 15 a 19 anos, sendo de 29  casos (26,6%). Tal alerta é causado tanto pela desinformação difundida entre essas jovens, como pela demora em buscar a APS para iniciar o Pré-Natal, fato que dificulta o diagnóstico precoce e a diminuição das chances de infecção do feto. Os dados apontam também que os determinantes sociais estão relacionados com a infecção, pois mulheres com menor grau de escolaridade e pardas apresentam alta prevalência de SG, sendo respectivamente 44,3% e 90,9% das diagnosticadas. Conclusão: conclui-se a necessidade de promover a saúde da mulher em idade fértil, principalmente a que se encontra no período gestacional, garantindo um trabalho transdisciplinar entre a saúde – com acessibilidade na APS – e a educação – com palestras e aulas sobre o indispensável uso do preservativo. Sendo assim, é crucial a propagação de medidas de prevenção, para haver a erradicação da transmissão verticalizada, realizado por ações públicas que tenham foco no diagnóstico precoce e na abordagem multidisciplinar, fornecendo o tratamento eficaz tanto da gestante, quanto do parceiro, visando evitar a retransmissão.

     

  • Palavras-chave
  • Sífilis Gestacional, saúde da Mulher, cuidado Pré-Natal
  • Área Temática
  • Epidemias Globais
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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Dirceu Cavalcanti Rigoni

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Juliana de Araújo Borges Ferreira

Lauro José Barata de Lima

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Maria de Fátima Guimarães Couceiro

Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza