PERFIL DOS TRANSPLANTES CARDÍACOS NO BRASIL DE 2018 A 2023

  • Autor
  • Edynando Di Tomaso Santos Pereira
  • Co-autores
  • Vinícius Silva Lara , Camila Namie Seki Garzon , Caroline Hipólito Pires , Alice Jacomini Barcos
  • Resumo
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    Introdução: O transplante de coração (TC) é um procedimento cirúrgico de grande complexidade e importância por ser o tratamento padrão-ouro para determinadas cardiopatias, como a insuficiência cardíaca refratária. Contudo, o número de procedimentos ainda está abaixo do necessário para suprir a demanda nacional, além do alto custo de internação e das complicações decorrentes da cirurgia. Objetivo: Caracterizar as internações por TC no Brasil, entre os anos de 2018 e 2023. Métodos: Estudo ecológico, descritivo e comparativo, acerca do TC no Brasil e suas regiões, no intervalo de 2018 a 2023. Os dados foram coletados por meio do Sistema de Informações Hospitalares, do Departamento de Informática do SUS (SIH/DATASUS). As variáveis analisadas foram: número de internações, média do custo por internação, média de permanência, caráter de atendimento, óbitos e taxa de mortalidade. Resultados: Verificou-se um total de 1.813 internações no país no período pesquisado, sendo que nenhuma ocorreu na região Norte. As regiões com maior número de TCs foram Sudeste e Nordeste, possuindo 1.001 (55,2%) e 378 (20,8%), respectivamente, enquanto que a com menos procedimentos foi Centro-Oeste, com 175 (9,6%) casos. A média de permanência entre as regiões pouco variou, sendo Sudeste com maior média (17,1) e Nordeste com a menor (14,2). A média de permanência geral obtida foi de 16,2 dias. Do total de internações, 18,6% foram de caráter eletivo (n=338) e 81,4% foram de caráter urgente (n=1.475). Quanto ao valor médio, houve um custo de R$57.452,97 por TC, ocorrendo um aumento em 2023 (R$60.306,71), em relação a 2019 (R$57.484,51), de 5%. Referente à mortalidade, foram encontrados 194 óbitos, refletindo uma taxa geral de 10,7%. Sudeste foi a região com maior mortalidade apresentada (13,39%), enquanto que Centro-Oeste, embora tenha menos TCs, obteve a menor taxa de mortalidade (5,71%). Discussão: Após a análise, a concentração de casos no sudeste pode ser correlacionado com a maior taxa de mortalidade e uma possível saturação do serviço. A média geral de permanência se demonstrou variável, o que revela uma desigualdade de tratamento, com necessidade de reavaliação dos métodos cirúrgicos empregados pelo país. Ademais, é possível relacionar o procedimento a um caráter urgencial devido à discrepância de procedimentos urgentes e eletivos, por fim, o custo manteve-se em relativa estabilidade, tornando possível uma previsão de gastos no decorrer do tempo. Conclusão: Observou-se que a maior parte das internações ocorreu de forma urgente, permanecendo por mais de 2 semanas, com alto custo e variada mortalidade. Há uma grande concentração de internações na região Sudeste, revelando a importância de investimentos em outras regiões para descentralizar os serviços e diminuir a sobrecarga dos hospitais. Ademais, entende-se que é preciso promover a atenção primária à saúde, visando a prevenção e o tratamento de doenças que podem levar a cardiopatias graves e a necessidade de TC.

  • Palavras-chave
  • Transplante de coração, Perfil epidemiológico, Internações.
  • Área Temática
  • Gestão e Sustentabilidade em Saúde
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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Eric Homero Albuquerque Paschoal

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Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza