MORTALIDADE POR EMBOLIA E TROMBOSE ARTERIAIS NO BRASIL NO PERÍODO DE 2013 A 2022

  • Autor
  • Vinícius Silva Lara
  • Co-autores
  • Edynando Di Tomaso Santos Pereira , Rafael Fernandes Barbosa Fonseca , Marina Souza de Carvalho , Camila Namie Seki Garzon , Alice Jacomini Barcos , Caroline Hipólito Pires , Maria Eduarda Grassi
  • Resumo
  • Introdução: Dentre as coagulopatias conhecidas, a trombose é a formação de um coágulo que se adere à parede do vaso sanguíneo, e quando ocorre o desprendimento de coágulo, que vai para a corrente sanguínea, causando obstrução, chama-se embolia. No Brasil, a prevalência é de aproximadamente 4% da população geral, gerando preocupação por estar aumentando nos últimos anos. Objetivo: Avaliar a taxa de mortalidade na população por ETA nas regiões brasileiras entre os anos de 2013 a 2022. Métodos: Estudo ecológico e transversal, de análise descritiva, sobre a mortalidade por ETA, no período de 2013 a 2022. Os dados foram retirados do Sistema de Informações de Mortalidade do Departamento de Informática do SUS (SIM/DATASUS). As variáveis analisadas foram: número de óbitos por ocorrência, ano, faixa etária, sexo e cor. As taxas de proporção foram realizadas a partir de dados retirados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Resultados: Conforme os dados obtidos, identificou-se um total de 15.694 óbitos por ETA no Brasil, representando uma taxa de 7,72 (óbitos por 100.000 habitantes) no período estudado. As regiões com maiores índices foram Sul, com 10,33 (n=3.093), Sudeste, com 10,05 (n=8.532),  e Centro-Oeste, com 6,96 (n=1.135), enquanto que as regiões Nordeste e Norte foram as que apresentaram as taxas mais baixas, respectivamente 4,11 (n=2.251) e 2,78 (n=483). Em relação às quantidades anuais, o maior número ocorreu em 2022, com 1.944 óbitos, enquanto que o menor ocorreu em 2013, com 1.317. O sexo feminino apresentou a maior taxa, com 8,07 (n=8.444), enquanto que o sexo masculino teve apenas 7,35 (n=7.250). Referente à idade, a faixa etária de 80 anos ou mais apresentou uma taxa de óbitos maior, de 143,01 (n=6.560), em relação a grupos mais jovens. Quanto à raça, a branca foi a mais prevalente, com um índice de 10,72 (n=9.465). Discussão: Umas das principais causas de mortalidade em países com altos níveis de desenvolvimento são por TEA, e o Brasil está caminhando próximo a essa realidade, principalmente no Sul e Sudeste. A idade avançada, o colesterol elevado, a diabetes, a hipertensão, a obesidade e a falta de movimentação são alguns dos fatores de risco para TEA, que estão fortemente associados a uma sociedade idosa e sedentária. Outros fatores são o uso de anticoncepcionais hormonais e a gestação, o que torna mulheres mais propensas a tromboses. Em contrapartida, a grande maioria dos casos pode ser evitada com a introdução de hábitos de vida saudáveis, como alimentação balanceada, hidratação corporal, controle de peso e prática regular de atividade física. Conclusão: Constatou-se altos índices de mortalidade nas regiões Sul e Sudeste, em pessoas do sexo feminino e com idade avançada. Assim, o estudo demonstra a necessidade de ações multissetoriais para o combate às ETA no Brasil, com foco na prevenção, educação e gestão em saúde, com ações direcionadas a grupos mais vulneráveis, essenciais para redução da mortalidade por ETA.

  • Palavras-chave
  • Embolia e Trombose, Mortalidade, Gestão em Saúde.
  • Área Temática
  • Gestão e Sustentabilidade em Saúde
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Boa leitura!

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Lauro José Barata de Lima

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

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Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza