Rastreamento do câncer de colo de útero no município de Igarapé-Mirí: exames citopatológicos realizados entre os anos de 2019 e 2023.

  • Autor
  • Ana Lúcia Barbosa Maia
  • Co-autores
  • Breno Anderson Pereira Melo , Natalia Crhistian Trindade Pinheiro
  • Resumo
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    É na Atenção Primária que o exame citopatológico de colo uterino, também chamado de exame de Papanicolau ou preventivo é realizado. Diante disso, este estudo teve como objetivo analisar os dados públicos de Citopatologia do colo do útero, para o rastreamento de lesões pré-malignas de câncer do colo do útero, entre mulheres residentes no município de Igarapé-Miri, no estado do Pará, entre os anos de 2019 e 2023. Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo, com dados secundários do painel de dados epidemiológicos e de morbidade, disponibilizado eletronicamente pelo do banco sobre Informações de Saúde (TABNET) do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS/MS) - Ministério da Saúde. A coleta de dados ocorreu no mês de junho de 2024, e após a tabulação, os dados foram analisados em uma planilha do Microsoft Excel e agrupados em forma de tabela para melhor compreensão dos resultados, com posterior discussão. Os resultados demonstraram a realização de 6.346 exames citopatológicos, com média de 1.269 coletas ano. As amostram apresentaram tecidos do tipo epitélio escamoso em 6.274 dos resultados, epitélio glandular em 2.829 dos resultados e epitélio metaplásico em 847 resultados. Identificou-se que 1575 mulheres realizaram a coleta do citopatológico pela primeira vez (24,81%), 2.146 realizaram o exame com intervalo equivalente há um ano (33,81%), 1.285 realizaram a última coleta com intervalo de 2 anos (20,24%), 669 realizaram com intervalo de três anos (10,54%), 558 realizaram o exame com intervalo igual ou maior a quatro anos (8,79%), e 122 mulheres realizaram a última coleta no mesmo ano (1,92%). Apenas 8,52% do total de exames realizados para o período apresentaram padrão de normalidade, 90,37 % mostraram alterações de variados graus de comprometimento, e 1,11% representaram amostras inválidas. Foram encontradas 5.981 resultados com as seguintes alterações: alterações benignas do tipo inflamação predominantes (82,94%), alterações benignas do tipo reparação (0,08%), alterações benignas do tipo atrofia inflamatória (10,01%), alterações benignas do tipo metaplasia escamosa (3,24), ASC-US ou células escamosas atípicas de significado indeterminado (1,73%), ASC-H ou células escamosas atípicas não se descartando lesão de alto grau (0,26%), LSIL ou lesões intraepiteliais escamosas de baixo grau (1,35%), HSIL ou lesões intraepiteliais escamosas de alto grau (0,26%), HSIL com características suspeitas de invasão (0,05%), adenocarcinoma invasor (0,01%). Alterações como HSIL com características suspeitas de invasão e o adenocarcinoma invasor, foram achados exclusivos em mulheres com idade igual ou maior a 30 anos, justificando maiores esforços no rastreamento para essa faixa etária. Logo, compreende-se que as ações de rastreio ao câncer do colo de útero devem ser prioritárias na Atenção Primária. Assim como, faz-se necessário o incentivo à pesquisas dessa natureza durante a graduação Médica.

     

     

     

     

  • Palavras-chave
  • Citopatologia. Câncer de colo do útero. Educação em Saúde. Prevenção. Epidemiologia.
  • Área Temática
  • Políticas Públicas em Saúde
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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Lauro José Barata de Lima

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Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza