O INCREMENTO DA TERAPIA COM CÉLULAS CAR-T NO TRATAMENTO DE LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA.

  • Autor
  • JOSELIO GRANJA RODRIGUES
  • Co-autores
  • Rebeka Daiany Duarte Dantas , Moisés de Sousa VELOSO
  • Resumo
  •  

    INTRODUÇÃO: A terapia com células T do receptor de antígeno quimérico (CAR) produz respostas clínicas eficazes e duráveis. Nesse sentido, os CARs são receptores sintéticos, que funcionam para redirecionar linfócitos, células T, que reconhecem e eliminam células que expressam um antígeno alvo específico. Nesse contexto, o incremento de tal terapia no tratamento da Leucemia Mieloide Aguda (LMA) é condicionada por associação à antígenos de superfície compartilhados com células-tronco hematopoiéticas saudáveis. Sob essa ótica, tal estudo objetivou analisar o uso células-T dos receptores de antígenos quiméricos no tratamento da Leucemia Mieloide Aguda. METODOLOGIA: Trata-se de revisão sistemática da literatura, com busca e seleção seguindo o fluxograma do PRISMA, utilizando a base de dados Pubmed e uso de descritores controlados pelo DeCS/MeSH: CAR-T AND acute myeloid leukemia AND therapy. Foram detectados 42 artigos e, após aplicação do filtro período (últimos 5 anos), como critério de inclusão, restaram 34. Ainda, excluiu-se aqueles que não apresentavam relação direta com a temática, sendo incluídos para análise detalhada 4 artigos. RESULTADOS: Os estudos sugerem que a utilização de CAR-T cell objetiva eliminar de forma seletiva, as células tumorais fornecem imonovigilância antitumoral sustentada pela seleção de antígenos de superfície específicos. Nesse sentido, uma metanálise americana com 57 pacientes, nos estudos elegíveis, destacou que 22 que receberam a terapia tiveram remissão completa, com uma incidência de 48%, sendo que nos subgrupos fonte (autóloga e alogênica), a incidência no grupo autólogo foi de 37% e alogênico com incidência de 20%. Assim, houve diferença significativa entre os subgrupos (valor P = 0,01), favorecendo aquele que recebeu células autólogas e alogênicas, que teve a maior incidência de alcançar remissão completa. Ademais, a principal complicação observada foi a síndrome de liberação de citocinas, uma resposta inflamatória sistêmica, tendo incidência de 53% no público tratado com a terapia em questão. DISCUSSÃO: A leucemia mieloide aguda é tratada em casos de refratariedade com o transplante de células-tronco hematopoiéticas. Assim, a terapia com células T CAR mostra resultados promissores. Logo, observou-se uma diferença significativa, favorecendo o recebimento de uma fonte autóloga e alogênica combinada em comparação com uma única fonte de células. A combinação de células teve uma incidência de 76% de obtenção de remissão completa. Além disso, o transplante prévio teve um papel significativo na taxa de resposta global, ressalvando como principal complicação a ocorrência da síndrome de liberação de citocinas. CONCLUSÃO:  O desenvolvimento de imunoterapias é essencial no tratamento da LMA, tendo em vista a necessidade de contenção da doença. Dessa forma, deve-se dar prosseguimento a novos estudos, para aumentar a eficácia e reduzir a toxicidade ainda presente no tratamento com CAR-T cell.

     

  • Palavras-chave
  • Terapia; CART-T cell; Leucemia.
  • Área Temática
  • Inovações Tecnológicas em Saúde
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