A aprendizagem é o processo vivenciado pelos estudantes para assimilar e adquirir conhecimentos. Essas experiências podem ser fornecidas pelos ambientes escolares, assim, ressaltamos a relevância da sala de aula como local de aprendizado e da expectativa de que os alunos possam obter conhecimentos historicamente dialogados. Nessa mediação encontra-se o docente, estes possui o dever de ensinar, bem como, os vieses essenciais para que possam reconhecer se os estudantes estão ou não aprendendo o que foi planejado. Nesse contexto, nosso objetivo foi verificar qual mensuração o professor usa para avaliar o aprendizado do estudante, ou seja, como este processo constrói o conhecimento e quais instrumentos possibilitam o ato de avaliar. Para isso, realizamos uma pesquisa de campo com abordagem qualitativa do tipo descritiva, onde houve a participação de 6 professoras da rede municipal e estadual de ensino da cidade de Manaus/AM, submetidos ao termo de consentimento e livre esclarecido. O instrumento utilizado foi uma entrevista com 4 perguntas abertas, com autorização prévia para gravação de áudio, realizado nas escolas em ambientes sem interferência de terceiros. Os dados coletados foram analisados a partir da Técnica de Elaboração e Análise de Unidades de Significado (MOREIRA; SIMÕES; PORTO, 2005). Neste sentido, nossos resultados resultaram em oito categorias temáticas: Aprendizagem; Atividades; Avaliações; Ensino; Instrumentos; Lúdico; Materiais e Participação. Assim, para as professoras, a utilização da oralidade, recortes, colagens, jogos, músicas, vídeos, livros, quadro branco, apostilas, materiais práticos, exercícios, hora da leitura, avaliação oral e escrita e outros, são passíveis para se ter o retorno do aprendizado dos estudante. Dessa maneira, cabe destacar que, entre os achados há o uso de uma quantidade expressiva de instrumentos de mensuração, entretanto, podemos perceber insuficiência ou até mesmo a superficialidade destes para a comprovação do aprendizado ofertado pelas professoras, pois apenas efetuar os comportamentos solicitados não expressariam efetivamente se o estudante está ou não aprendendo. Quanto aos resultados podemos constatar que a mensuração utilizada pelas professoras para avaliar o aprendizado em sala de aula não conseguiu demonstrar se o aprendizado realmente aconteceu, mantendo a centralidade do conhecimento na devolutiva das atividades, que em sua maioria se manifestam em comportamentos repetitivos e desconexos. Contudo, recomendamos que as professoras possam adotar a prática do planejamento onde, os objetivos estejam integrados à avaliação. Além de fazerem uma criteriosa seleção de instrumentos adequados às metodologias, de preferência, as metodologias ativas para que os alunos participem e aprendam como agentes ativos do conhecimento.
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