Para muitas pessoas o ingresso em uma universidade é a realização de um sonho, porém, pode se configurar num período crítico já que a formação inicial impacta no processo de desenvolvimento, e o indivíduo ao adentrar no espaço acadêmico deve organizar suas condutas e comportamentos para forjar a sua identidade profissional (PAPALIA & FELDMAN, 2006). Entende-se que os estudantes universitários estão sob forte estresse o que pode ocasionar problemas, do tipo: absenteísmo, depressão, dependência química, melancolia, fobias e isolamento (Xavier et al., 2008.). Tendo em vista esses conflitos, esta apresentação, tem como objetivo compreender de que forma as experiências em uma formação inicial afeta a saúde mental dos estudantes e, demonstrar a importância da extensão universitária na promoção de ações e conhecimento para a comunidade acadêmica. Como metodologia, utilizou-se a observação participante como aluno-bolsista em um Projeto de Extensão no CEST-UEA, intitulado Serviço de Apoio Psicopedagógico (SAPP), bem como a pesquisa bibliográfica de leituras em artigos científicos, sobre as categorias: saúde mental e, formação inicial (MARCONI & LAKATOS, 1996). Arroyo (p.149, 1999) destaca que o papel do professor foi condicionado como um “super-herói” para sempre dar conta das incumbências atribuídas, da mesma forma Castro (2017) ressalta que as expectativas do mercado de trabalho, e as pressões da formação propicia um maior cuidado com a saúde mental. Consonante a este pensamento, Dessen & Costa Junior (2008) apontam que cada estágio da vida requer determinadas habilidades que contribuem com o processo de transição que formará sua trajetória de desenvolvimento. Assim, é preciso que a Universidade possa articular ensino, pesquisa e extensão, para aproximar as dimensões sociais, culturais e acadêmicas dos estudantes, como Saraiva (2007) coloca, a extensão através de projetos, é responsável por tecer reflexões acerca das grandes questões da atualidade com base na práxis e no desenvolvimento de uma formação compromissada com seu contexto. Por este motivo, pode-se afirmar que a participação como Bolsista ampliou as fronteiras de reflexão sobre a importância de uma formação inicial que contemple o desenvolvimento humano de forma integral, inter-relacionando a educação e a saúde. Devemos superar os paradigmas sobre o adoecimento psíquico que por muito tempo foi negligenciado no interior do Amazonas, deixando claro a necessidade da expansão do atendimento e profissionais que prestam serviços de atendimento. Conclui-se que o Serviço de Apoio Psicopedagógico, projeto do CEST-UEA, busca não apenas atendimento individual ao estudante, como também desenvolver ações que promovam a busca por uma saúde mental, nas palestras e campanhas que foram promovidas a demanda pela procura do atendimento foi crescente, outro ponto positivo é a desmitificação da “doença mental”, pois nos contatos com estudantes ainda se percebe o preconceito em falar abertamente dos problemas psicológicos, pelo medo de ser visto como “doente ou louco”. Enfim, o espaço universitário deve promover ações que fomente as habilidades socioemocionais, visando minimizar os problemas, como a questão do autoconceito, a ansiedade, o fracasso escolar e as dificuldades de aprendizagem, tornar o espaço inclusivo em todos os sentidos para favorecer uma qualidade de vida as pessoas.
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