O uso de espaços não formais para o ensino de botânica nos anos finais com ênfase nos frutos Amazônicos: Um meio de ensino, conservação e preservação da flora local tem como motivação o estudo sobre os frutos amazônicos de forma que os alunos conheçam as principais características de diversos frutos da nossa região, pois o conhecimento como uma fonte de saber é uma ferramenta necessária para conseguirmos a conservação de nossa biodiversidade . Segundo Schnetzler (1992), o ensino de ciências, bem como o de várias outras disciplinas, antes, era feito de forma unidirecional, o professor transmitia informações sem tentar relacioná-las com as situações vividas no cotidiano do aluno, ou até mesmo sem buscar ouvir destes, suas dúvidas. Muitas vezes durante o processo de aprendizagem de ciências o professor é considerado um transmissor de ideias, onde fala a maior parte do tempo durante as aulas esforçando-se em explanar o conteúdo para discentes, que em silêncio, devem internalizá-lo para serem expresso durante as avaliações. Segundo Giulietti (2005), o Brasil tem a flora mais rica do mundo, com mais de 56.000 espécies de plantas quase 19% da flora mundial. Pois, mesmo vivendo em uma região com uma das maiores floras do mundo, grande parte da população Amazonense não conhece os frutos da região e de sua importância econômica para o nosso estado logo com a criação da carpoteca e o estudo sobre esses frutos foi uma forma dos estudantes adquirirem estes conhecimentos e transmitirem para a comunidade em seu entorno. Os pesquisadores bolsistas realizaram a pesquisa na comunidade São Francisco sobre o conhecimento de determinadas espécies frutíferas e também sobre quais espécies de frutas amazônicas são mais consumidas pelos moradores do bairro e adjacências em que foram observadas a relação entre o percentual de conhecimento de determinado fruto e a relação de consumo. Tinham alunos do no 9º ano que conheciam, por exemplo, o cupuaçu congelado e o fruto in natura poucos estudantes tinham visto, o que foi oportunizado em sala de aula, nessa oportunidade buscou-se dialogar sobre os alimentos industrializados que chegaram no debate sobre agrotóxicos, os alunos, com isso, tiveram a oportunidade de ter acesso e informações e debates sobre conteúdos de interesse público. Percebeu-se com a pesquisa que os estudantes de maior vulnerabilidade econômica apresentaram menos acesso aos frutos in natura.
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