O presente ensaio tematiza as relações raciais no campo da educação, principalmente sobre as ações afirmativas no ensino superior, também conhecidas como políticas de cotas. Desse modo, têm como objetivo central evidenciar o surgimento das cotas raciais e os discursos discriminatórios firmados no mito da democracia racial. Utilizou-se para a análise as narrativas do movimento Pardo-Mestiço brasileiro no estado do Amazonas e o seus pontos de antagonismos as políticas de cotas na Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Logo, a pesquisa é documental e bibliográfica e tem recorte metodológico bourdieusiano usando sua Sociologia Reflexiva e seu Materialismo do Simbólico. Quanto aos resultados, percebe-se que o Nação Mestiça confronta as cotas raciais no Amazonas auxiliados pelas teorias de branqueamento e da mestiçagem conectadas ao mito da democracia racial que enaltecem a mestiçagem e destinam uma subcategorização, invisibilidade e fragmentação da população afrodescendente e dos povos originários e sua importância na base da formação nacional e amazônida. Além disso, questionam a necessidade das cotas dentro da UFAM voltadas para esses segmentos populacionais.
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