O presente artigo alude ao projeto de mestrado submetido e aprovado no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Amazonas. A investigação questiona: como o projeto de modernização do Brasil em meados do século XX orientou o isolamento compulsório das pessoas que passaram pela institucionalização na Colônia Antônio Aleixo em decorrência da lepra? E tem como objetivo geral evidenciar as histórias das pessoas atingidas pela lepra, que foram isoladas compulsoriamente em meados do século XX, durante a Era Vargas, como medida sanitária de combate à doença no Estado. Visando aprofundar conhecimento acerca dos vieses que impulsionaram a criação de políticas que legitimaram o processo segregacionista e as instituições que cumpriram o papel de manter os doentes afastados dos meios urbanos e do convívio social e familiar, o estudo é orientado pelo Materialismo Histórico-Dialético como método de investigação e análise dos dados. Preliminarmente, a pesquisa em curso evidencia que a atuação do Estado a partir da lógica capitalista, lançou mão do aparelho estatal da saúde pública, frente a institucionalização das pessoas com lepra, consideradas perigosas ao processo de modernização do Brasil no século XX.
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