O texto a seguir consiste na continuidade da pesquisa sobre o processo de militarização das escolas públicas do estado Amazonas. A investigação encara que a motivação do neoliberalismo instrumentalizado pelas escolas militarizadas, no qual a política educacional denominado Programa de Escolas Cívico-Militares (PECIM) concentra seus esforços em áreas tidas em vulnerabilidade social, conforme os documentos que norteiam o projeto. No campo das políticas públicas, os princípios básicos reconhecem ações integradas e coordenadas por áreas que convirjam para resolução de problemas. Todavia, o protagonismo das forças militares e auxiliares reforçam uma inclinação restrita ideológica neoconservadora que forjou uma representação do Bolsonarismo no Brasil. Os dispositivos de controle social voltados à escola substitui a integralidade da política pública direcionada ao desenvolvimento humano. Assim, a cultura da punição ganha respaldo institucional ao reivindicar como suposta política exitosa na promoção da doutrina militar para o público classificado em vulnerabilidade social. A ação de responsabilização presente no discurso neoliberal e neoconservador dos atores presentes no ambiente escolar podem ser confrontados por um compartilhamento de experiência em política pública numa perspectiva de transdisciplinaridade. Este tema compõe a discussão de um capítulo da tese desenvolvida voltada aos vínculos comunitários da militarização escolar.
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