Este relato de experiência descreve as observações realizadas no Estágio Supervisionado em Educação Infantil por um discente do curso de Pedagogia e objetiva investigar como a interferência institucional na autonomia do professor afeta seu planejamento. A análise centrou-se em refletir sobre a suposta autonomia dos professores que atuam em um CMEI que possui como objetivo geral no seu Projeto Político-Pedagógico desenvolver uma educação democrática. Considerando esse objetivo, o investigador conversou com uma professora e registrou em seu diário de campo diversos apontamentos sobre como esse objetivo se torna restrito quando a autonomia do professor para planejar os seus conteúdos é relativa, pois é limitada por orientações do órgão gestor que desconsidera a realidade da comunidade nas quais as crianças e a escola estão inseridas. Assim, os apontamentos da professora, coletados por meio de entrevista semiestruturada, serão destacados e analisados a partir dos conceitos de Ostetto (2000), que coloca elementos essenciais para o planejamento docente na educação infantil, e analisa as implicações de determinadas formas de planejar. Também serão utilizadas as contribuições de Oliveira (2017), que distingue o trabalho prescrito do trabalho real, e destaca o papel da autonomia para o preenchimento da lacuna existente entre ambos.
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