Há estratégias docentes no ensino de dança que podem ser determinantes para incompreensão, rejeição e proliferação de olhares equivocados a respeito do que é a Música/Dança para Surdos e da existência de Musicalidade na vida de Surdos. Considerando que a raiz da significação mora em como o conhecimento é apresentado, este trabalho visa elencar pontos cruciais para colaborar com práticas significativas para Surdos em Dança. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, tendo como teóricos: acerca da Música (BEYER, 1999); Arte e Surdez (LULKIN; SKLIAR, 2012); Multiculturalismo e Surdez (KELMAN, 2015) e Musicalidade do Surdo (CERVELLINNI, 2003) e (BRITO, 2018). A metodologia utilizada tem abordagem qualitativa (MINAYO, 2010), com foco na fruição musical de cada estudante desaguando em uma pesquisa-ação (THIOLLENT,1988), em andamento. A constituição da sua vivência musical não pode ser reduzida ao audível e muito menos a repetições de movimentos direcionados por um ouvinte. Nos resultados parciais já é possível notar o quão relevante compreender conceitos como Sons, Música, Surdez e Musicalidade do Surdo se fazem para que haja uma prática significativa aos dançarinos. Com os resultados apresentados deseja-se somar para que futuras práticas tenham o enfoque primordial na musicalidade dos Surdos, distanciando-se de serem práticas ouvintistas (SKLIAR, 1998).
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