Introdução: As consultas pré natais tem por objetivo o desenvolvimento saudável do feto e o bem-estar materno com a prevenção ou detecção precoce de doenças e sua imediata resolução. Essas devem ser iniciadas imediatamente após a confirmação da gestação, adequadas ainda até a décima segunda semana de gravidez. A pandemia do Covid-19 interrompeu alguns serviços de saúde, surgindo o questionamento: a pandemia do covid-19 prejudicou o pré-natal no Pará? Objetivos: Analisar o grau de adequação da quantidade de consultas pré-natais e sua relação com a pandemia de Covid-19 no Pará. Métodos: Trata-se de uma análise de dados coletados no DATASUS- Tabnet, no banco de dados de Nascidos Vivos - Brasil. Foi selecionado os anos de 2017 a 2021, na aba Linha foi selecionado “Ano do nascimento”, em Coluna foi selecionado “”adeq quant pré-natal” e selecionado Pará em Unidade Federativa. A análise foi realizada a partir da tabela montada com os dados. Sendo aceitos como Pré-natais adequados igual ou maior que 6 consultas ao todo e não adequado quando for inferior a 5. Resultados: Com a análise dos dados foi observado um total de 347.848 pré natais foram adequados, correspondendo a 50,5% do total, o total de pré-natal não adequado foi de 41,5%, correspondendo a 286.593 e não especificados um total de 8%, em valores absolutos 54.470, sem alterações significativas da quantidade de pré natal entre os anos de 2020 e 2021, cujos períodos está associado ao ápice da pandemia no Brasil. Conclusão: Portanto, não houve mudança significativa na prevalência de pré-natal mesmo com o advento da pandemia, ou seja, a atenção à saúde foi constante no estado do Pará durante os 2 anos de pandemia de covid-19. Entretanto, foi observado uma elevada prevalência de pré-natal não adequado durante os 5 anos, com 41,5% de gestações com consultas não adequadas, fato esse associado a escolaridade materna, no qual as mães com maior instrução têm maior chance de efetuarem o pré-natal adequadamente e de iniciarem mais recente as consultas na gestação, sugerindo uma atenção maior dos profissionais de saúde àquelas gestantes menos instuídas.
Comissão avaliadora dos trabalhos:
Presidente:
Dra. Sônia Fátima da Silva Moreira (PA)
MEMBROS: